Veja número de visitas de combate ao Aedes aegypti por bairro de SP

Por: Catraca Livre

Morumbi e Moema, na zona sul, e Barra Funda e Alto de Pinheiros, na zona oeste, estão entre os bairros paulistanos que menos receberam visitas domiciliares de combate ao Aedes aegypti feitas pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) nos últimos meses.

 
Créditos: ARANTES_FABIO
 

É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Coordenação Geral das Ações de Controle do Aedes Aegypti, da Secretaria Municipal da Saúde, obtidos por meio da Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).

A reportagem tabulou o número de visitas domiciliares feitas a cada um dos 96 distritos paulistanos entre 1º de janeiro de 2015 e o último dia 15. Esse período abrange cerca de 3,4 milhões de visitas a imóveis para combater focos do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. (Veja o detalhamento desses dados no infográfico abaixo.)

 

Os números de visitas realizadas de 2015 para cá ainda estão sendo tabulados (leia mais abaixo).

Casos de dengue cresceram em sete dos dez distritos com menos visitas

Sete dos dez bairros paulistanos onde houve menos visitas domiciliares de combate ao Aedes aegypti registraram, no ano passado, aumento do número de casos de dengue na comparação com 2014.

No Morumbi, a quantidade de casos confirmados da doença saltou de 36 para 122 de um ano para o outro. Em Moema, o aumento foi de 35 para 165.

O número de visitas domiciliares, por si só, não quer dizer que um distrito corre o risco de viver um surto de doenças transmitidas pelo mosquito neste ano. Marsilac, bairro do extremo da zona sul que registrou a menor quantidade de visitas dos agentes, por exemplo, registrou apenas um caso de dengue em 2015.

Estatística de 2015 não tem data para ser concluída, afirma secretaria

Os números de visitas domiciliares de combate ao Aedes aegypti realizadas em 2015 ainda não foram totalmente contabilizados.

Por esse motivo, não é possível, hoje, afirmar se os dados tabulados até então, apontando um total de 3,3 milhões de visitas domiciliares em toda a cidade, são ou não inferiores aos dados de 2013, quando houve 3,7 milhões de visitas.

Questionada sobre isso por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal da Saúde enviou à seguinte nota à reportagem:

“A Secretaria Municipal da Saúde esclarece que as ações referentes ao ano de 2015 ainda estão sendo computadas; por isso, o número total varia de acordo com as consultas ao sistema ao longo do tempo. Não existe uma data para que todas as tabulações estejam no sistema, visto que, neste momento, a prioridade são as ações de controle ao vetor para bloqueio de transmissão da doença. Assim, é prematuro fazer qualquer tipo de comparação entre os números de ações realizados entre 2014 e 2015, pois a análise seria parcial e não correspondente ao todo.

Cabe ressalta que a SMS está desempenhando ao máximo todas as ações possíveis, envolvendo o maior número de pessoas no combate ao mosquito, com treinamentos para diversos públicos (autoridades sanitárias, forças armadas, entre outros) a fim de que se tornem multiplicadores de informação e auxiliares no processo de controle do mosquito. É muito importante que toda a população tenha consciência de seu papel para o controle do mosquito nesta hora.”