Violão devolve alegria a idosas
Elas endossam os versos de Caetano Veloso: “Eu corri pra o violão num lamento/E a manhã nasceu azul/Como é bom tocar um instrumento”. Foi nas aulas de violão no Centro Cultural de Palmeiras, em Suzano (SP), que Idalina Pinto de Souza, de 63 anos, e Neide dos Santos Silva, 62 anos, dizem ter reencontrado a alegria de viver.<
“Têm sido os meus momentos mais felizes”, conta Neide. “Procurei o curso, um sonho de infância, depois que o marido morreu, para espantar a tristeza.” Diz que tem “uma certa dificuldade”, mas não se intimida. “Quando a gente quer muito, consegue”, pontua a aposentada, que tem planos de tocar na igreja.
Idalina concorda. “Tudo na nossa vida é possível”, afirma a dona de casa, que sempre teve vontade de aprender a tocar violão, mas diz não ter tido oportunidade. Agora, observando as aulas do neto, que também está aprendendo o instrumento, diz ter encontrado “um professor com muita paciência”. Sua maior dificuldade, afirma, é posicionar os dedos. “Mas eles me ajudam.”
As aulas de violão, contam as alunas, ajudam na melhora da coordenação motora e do reflexo. “E também ativam minha memória”, acrescenta Idalina. Hoje, mais de 500 pessoas estão inscritas nos cursos gratuitos de violão, desenho artístico, pintura em tela, tecido e em vidro, patchwork, balé e teatro do centro cultural.
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