Zequinha de Abreu: choro paulista para o mundo
Quando José Gomes de Abreu veio ao mundo em 1880, na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, interior paulista, seu pai, um boticário, desejou que o filho fosse médico e sua mãe, padre. Mas, desde cedo, Zequinha demonstrava que seu futuro seria bem diferente.
Com 10 anos, tocava clarineta e flauta na banda escolar e ensaiava suas primeiras composições. Já aos 16 anos compunha maxixes e valsas, ganhando notoriedade em sua região. Formou uma orquestra ainda antes dos 18, com a qual se apresentava em bailes e eventos sociais, além de cinemas sonorizando filmes. Trabalhou como funcionário público e casou-se aos 18 anos. Aos 20, com o falecimento do pai, resolveu arriscar e mudar-se para São Paulo.
Na capital, trabalhou em clubes, cabarés, “dancings”, festas e como divulgador de partituras em lojas importantes como a Casa Beethoven, na Rua Direita. Tornou-se amigo dos Irmãos Vitale, que passaram a comercializar suas composições.
Boêmio, ficou muito famoso mas nunca juntou recursos, sempre ajudando aos companheiros. Em 1933, fundou a Banda Zequinha de Abreu, dois anos antes de sua morte.
Entre outras composições, é o autor da valsa “Branca”, escrita de improviso para a filha do chefe da estação ferroviária de Santa Rita, de “Sururu na Cidade”, de “Pintinhos no Terreiro” e de “Tico-Tico no Fubá”, que tornou-se conhecida mundialmente por ter se tornado trilha cinematográfica.
“Pintinhos no Terreiro” com Jacques Klein e Ezequiel Moreira a quatro mãos:
Para saber mais sobre o Choro, leia o livro “Chorando na Garoa: Memórias Musicais de São Paulo” (adquira o seu através do link http://www.freenote.com.br/), mande e-mail para [email protected] ou acesse a fanpage.
Livro conta a história completa do choro e seus chorões
A maestrinha Chiquinha Gonzaga
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