Canudo de papel chega ao Brasil para substituir o de plástico
A novidade começa a ser comercializada em agosto; primeira versão será a de 6 mm de diâmetro, para sucos e refrigerantes
Qual o tempo útil da vida de um canudinho plástico? O que você leva para tomar um refrigerante, suco ou milk-shake, provavelmente. E o tempo de vida “inútil” desse mesmo artefato, sabe dizer qual é? Pois ele chega a durar mais de um século até se decompor, contribuindo inclusive para a poluição dos mares. Muita gente já tem tomado medidas para reduzir esse impacto ambiental, entre estabelecimentos e governos que proíbem seu uso na versão tradicional e empresas que lançam substitutos ecológicos – caso da Fulpel Group, que em agosto começa a vender um canudo de papel biodegradável.
A fabricante de embalagens, fundada há 25 anos, já é pioneira na produção de copos feitos do mesmo material, os quais passou a comercializar no mercado nacional em 2009. Desse item, já fornece anualmente cerca de 35 milhões de unidades, dado relativo a 2017.
“Focamos soluções que sejam sustentáveis e ao mesmo tempo economicamente viáveis”, afirma Wellington de Paula, gerente de marketing e vendas da Fulpel, cuja sede fica em Taboão da Serra (SP).
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Assim surgiu a linha de copos, batizada de BioCopo, além dos potes e baldes, do copobox – modelo de copo com tampa – e agora os canudos. Estes, embora feitos da mesma matéria-prima que compõe os outros itens – um papel biodegradável de madeira de reflorestamento certificada –, exigiram investimentos na linha produtiva da empresa, tanto em maquinário como em tecnologias de processo.
A novidade – única no mercado brasileiro – foi lançada na última edição da Fispal, feira de embalagens para a área de alimentação realizada em junho. Até o final do ano, a Fulpel estima que 20% de seu volume de vendas de canudos de plástico devam ser convertidos na comercialização da nova versão de papel.
São três os tamanhos de canudo de papel biodegradável: o de 6 mm de diâmetro, para sucos e refrigerantes, o primeiro modelo a ser disponibilizado; o de 8 mm, para vitaminas e sucos de consistência mais encorpada; e os de 11 mm, para milk-shakes.
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Embora o custo do canudo de papel ainda seja cerca de 13 vezes maior que o do de plástico, Wellington de Paula diz que acredita na conscientização de estabelecimentos e usuários em relação à necessidade de adotar opções mais sustentáveis desse item – há ainda as de vidro e metal, que já foram apresentadas em matérias do site; falamos, inclusive, de um canudo biodegradável comestível.
“Já estamos em negociações avançadas com grandes fast-foods para o fornecimento do canudo de papel”, afirma o gerente.
As legislações também caminham nessa direção. No Rio, um projeto de lei aguarda sanção do prefeito para banir os canudinhos de plástico de bares, restaurantes e quiosques.
A caixa com mil unidades do canudo de papel da Fulpel Group, que também vende seus produtos pelo site, custará, em média, R$ 150 a partir de agosto.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.