Qualquer pessoa pode ficar de olho no desmatamento no Cerrado
Sistema desenvolvido pelo Inpe faz alertas diários sobre derrubada da mata e permite visualizar onde ela está acontecendo em um mapa online
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, cobrindo 24% do território. Também é um dos que mais sofrem com o desmatamento: já perdeu 46% da cobertura natural, contra 20% da Amazônia.
Agora qualquer pessoa pode acompanhar o que está acontecendo por lá. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lançou uma ferramenta digital que mostra, em tempo quase real, a devastação do Cerrado.
Em outras palavras, olhando o mapa no site Terra Brasilis, no item “alerta de desmatamento”, você consegue ver os pontos onde está havendo desmatamento.
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A derrubada acontece principalmente por causa da atividade agropecuária que se expande naquela região.
Com a ajuda de imagens de satélite, a ferramenta produz alertas diários de desmatamento, tornando-se um importante aliado para a fiscalização feita pelo Ibama.
Com o relatório em mãos, o órgão ambiental pode verificar se aquela derrubada é ilegal e correr atrás dos responsáveis.
Segundo a Folha de S.Paulo, os alertas de desmatamento aparecem para o público cindo dias depois de localizados.
Isso para dar tempo de os fiscais tentarem pegar os desmatadores, antes de eles saberem que sua atividade ilegal já foi detectada.
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O site também mostra outras informações, como onde fica o Cerrado; que municípios fazem parte dele; como está a cobertura vegetal; e o desmatamento anual.
Estes dados são fornecidos por outro programa, também de monitoramento de desmatamento, chamado Prodes Cerrado.
O Cerrado, apesar de parecer ser um lugar seco, onde no inverno as queimadas são frequentes, é um bioma importante para a manutenção dos recursos hídricos.
Ele abriga as nascentes de 8 bacias hidrográficas dentre as 12 que existem no país, como a do São Francisco, a do Tocantins e a do Parnaíba.
Protegê-lo, portanto, é importante para garantir não apenas a manutenção dos ecossistemas. Da mesma forma, trata-se também de uma questão de segurança hídrica.