Esponjas de limpeza usadas viram matéria-prima para balde e vaso
Entidades que enviam material para programa de reciclagem recebem pontos que viram doações em dinheiro
Por serem feitas de um plástico difícil de reciclar e normalmente estarem sujas, as esponjas de limpeza doméstica acabam indo parar no lixo, depois de usadas. Mas elas podem, sim, ser reaproveitadas.
Por isso, o Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas incentiva a coleta desse material, para transformar as esponjas de limpeza usadas em matéria-prima na produção de objetos como baldes, lixeiras, pás de lixo e vasos.
Criado em 2014 pela Scotch-Brite, do grupo 3M, e pela empresa TerraCycle, que atua com soluções ambientais para resíduos, ele acaba de chegar a 1 milhão de unidades coletadas.
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No entanto, segundo a TerraCycle, 360 milhões de esponjas são produzidas anualmente e descartadas no lixo comum no Brasil.
Quem junta as esponjas – consumidores, escolas, instituições sem fins lucrativos, cooperativas e empresas privadas – são chamados de “times”.
Para cada 8,5 gramas de resíduo enviado, que é o peso médio de uma esponja comum, o time que a coletou recebe 2 pontos, que equivalem a R$ 0,02.
Esses pontos podem ser revertidos em doações para uma entidade sem fins lucrativos ou escola escolhidas pelo time.
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Além disso, quem participa do programa acaba também promovendo uma ação social.
Por exemplo, o Centro de Promoção para um Mundo Melhor (Cepromm), de Campinas, que atua com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, coletou 10 mil esponjas ao longo de três anos.
Até o momento, o programa já reverteu R$ 30 mil para escolas e organizações da sociedade civil.
São mais de 120 pontos de coletas no país, com a participação de mais de 4.800 times.
Como é feita a reciclagem das esponjas de limpeza
Primeiro, as unidades recebidas pelo Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas passam inicialmente por dois processos de moagem, em que vão sendo fragmentadas até virarem pequenas partículas.
Depois, são submetidas a alta pressão e temperatura, em máquinas extrusoras, que as transformam em fios longos. Estes são cortados em grânulos, também chamados de pellets ou resina industrial.
Por fim, esses pellets então são comercializados para empresas que a usam para fabricar objetos de plástico como bacias, pás de lixo e lixeiras. Com isso, o material é reintroduzido na cadeia produtiva.
Para fazer parte desse movimento, é preciso se cadastrar no site da TerraCycle e inscrever-se no Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas.
Em tempo: as esponjas de limpeza usadas devem ser enviadas para reciclagem secas e sem restos de alimentos.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.