Estudantes criam filtro de água com isopor reciclado
O isopor utilizado para manter a temperatura de bebidas e alimentos é considerado um vilão do meio ambiente. Proveniente do petróleo, o poliestireno é um tipo de plástico que leva até 150 anos para se decompor. Estudantes norte-americanos, contudo, encontraram uma forma viável para reciclar esse resíduo: utilizá-lo em filtros de água.
Liderados por Ashton Cofer, os jovens do ensino médio criaram carbono ativado a partir do carbono de restos de isopor que encontraram em casa. A descoberta ocorreu após vários testes mal sucedidos feitos pelos próprios cientistas mirins.
“Além da churrasqueira do meu pai em chamas, a maioria das nossas amostras virava vapor ou explodia dentro de fornos, deixando uma bagunça pegajosa horrível. De fato, estávamos tão desanimados pelas nossas falhas que quase desistimos”, recorda Cofer, em uma apresentação no TED- Ed Weekend.
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Com a temperatura ideal e os produtos certos, os estudantes conseguiram criar carbono ativado e reutilizar o isopor nos filtros de água. Desde a descoberta, há dois anos, os jovens vêm colecionando prêmios – como o inovação da Feira de Ciências do Google –, receberam financiamento privado e foram patrocinados até mesmo pelo Exército dos EUA.
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De acordo com pesquisa realizada pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), anualmente são consumidas cerca de 2,5 milhões de toneladas de isopor em todo o mundo. No Brasil, o gasto é de 36,6 mil toneladas, cerca de 1,5% do total.
“Fomos capazes não só de criar carbono ativado para purificar a água mas também de reduzir o desperdício de isopor. Resolvemos dois problemas globais de uma só vez”, orgulha-se Cofer, que está aprimorando o projeto com seus colegas.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.