ONG monta hortas orgânicas urbanas em terrenos sem uso
Projeto que atua nas periferias de São Paulo constitui fonte de alimentos saudáveis e de renda para pessoas sem emprego ou aposentadas
É comum vermos na periferia de São Paulo grandes terrenos em que ficam as torres de transmissão de energia. Nem sempre, porém, nos damos conta de que esses lotes poderiam ser usados para algo além de base para as estruturas da rede elétrica. Pois uma ONG pensou nisso. E passou a criar hortas orgânicas urbanas nessas extensões de terra, que pertencem à Eletropaulo.
E não só. A organização Cidades Sem Fome também aproveita áreas e terrenos sem uso ou abandonados nas regiões periféricas da capital paulista para montar essas hortas.
Dessa forma, a iniciativa produz alimentos saudáveis para as populações locais, que em geral não os encontram com facilidade.
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Além disso, o projeto emprega pessoas das comunidades que não têm emprego ou precisam complementar sua renda.
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Esse é o caso dos aposentados, um dos grandes públicos-alvo do projeto. A ONG foi criada há 14 anos pelo empreendedor alemão Hans Dieter Temp. Seu objetivo era desenvolver um projeto social que não fosse apenas assistencialista. E que pudesse empregar sobretudo pessoas cujas aposentadorias não são o suficiente para o seu sustento.
Os terrenos para o cultivo das hortas orgânicas urbanas da ONG Cidades sem Fome são cedidos por organizações privadas e públicas ou mesmo por pessoas físicas. Já são 25 hortas, com 115 beneficiários.
A parceria com a Eletropaulo, formalizada recentemente, é uma das inovações do modelo. Outra é associar a produção de hortas inteiras a um mesmo comprador. Uma plantação de alface, por exemplo, é toda destinada a uma única empresa, a Sodexo.
O próximo passo da Cidades sem Fome é adquirir o status de negócio social. Assim, poderá depender menos de doações e prêmios. E terá seu lucro atrelado ao número de empregos que gerar. Espera-se que sejam 500 até o final de 2019, em localidades como São Mateus, São Miguel Paulista, Cidade Tiradentes e Itaquera.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.