Notebook feito de madeira reduz lixo eletrônico
Produto que usa materiais renováveis ou recicláveis foi desenvolvido para durar mais tempo, com componentes que podem ser substituídos
Computadores se tornaram parte essencial da vida de muita gente. Mas eles também viraram um problema, por contribuírem para o volume de lixo eletrônico que existe.
Só em 2016, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o mundo produziu 44,7 milhões de toneladas métricas desse tipo de resíduo, e apenas 20% foram reciclados.
Em busca de soluções para esse desafio, a empresa irlandesa iameco (de “I am eco” ou “Eu sou eco”, em tradução livre) criou um notebook feito de madeira.
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No lugar do plástico, as partes do notebook modelo d4r são feitas com cinza natural e madeira oriunda de manejo florestal.
Produtos químicos tóxicos comumente usados na produção de computadores, como chumbo, mercúrio e cádmio, foram eliminados, afirma a empresa.
O produto foi pensado para ter uma vida útil mais longa que o normal: segundo a empresa, ele dura três vezes mais que os outros produtos disponíveis no mercado, ou seja, até dez anos.
Isso é possível porque o design é modular, ou seja, os componentes podem ser substituídos conforme vão se desgastando ou conforme versões mais modernas vão sendo criadas.
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A produção de laptops consome bem menos água que outros modelo convencionais. Já durante o uso, eles consomem um terço menos energia. E, no final do seu ciclo de vida, atingem uma taxa de reutilização e reciclagem de 70%.
Por tudo isso, há menos emissão de gases de efeituo estufa, explica a empresa.
A iameco também vende acessórios igualmente feitos de madeira. O mouse custa 50 euros (cerca de R$ 211), e o teclado, 80 euros (R$ 340).
Anteriormente, a empresa já tinha lançado um computador do tipo touchscreen, chamado de v.3, também feito com partes de madeira.
Esse produto recebeu uma certificação europeia chamada EU Eco Flower, que impõe padrões ambientais rigorosos. Ele custa 850 euros, ou aproximadamente R$ 3.600.
O notebook modelo d4r será comercializado em 2019, também numa versão tablet. O preço não foi informado.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.