Califórnia exigirá painéis solares em casas e prédios novos
Regras passarão a valer em 2020 e trarão benefícios como economia na conta de luz a redução da poluição
Em uma atitude que foi considerada pioneira nos Estados Unidos, a Comissão de Energia da Califórnia aprovou regras de construção que passam a incluir a instalação de painéis solares em residências e prédios baixos novos do Estado. Votadas em maio, elas ainda passarão pela Comissão de Padrões de Construção, mas a expectativa é que sejam referendadas rapidamente.
Os novos padrões começam a valer em 2020, para casas e prédios que receberem licença para construção a partir de janeiro daquele ano. Quem comemora essas regras – que também tratam de questões como ventilação, isolamento térmico e qualidade do ar interno – afirma que elas contribuirão para economizar energia, baixar o valor da conta de luz e reduzir a poluição.
A instalação dos painéis solares deve acrescentar mais de US$ 10 mil (cerca de R$ 38 mil) ao custo da obra. Isso gerou críticas por parte do setor, pois o mercado imobiliário da Califórnia já está entre os mais caros do país. Mas a maioria concorda que o investimento retorna em forma de economia na conta de luz. Grande parte da indústria da construção apoiou a decisão da comissão, após participar, por anos, de discussões e debates sobre o tema.
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A estimativa é que mais de 100 mil residências e quase 50 mil prédios residenciais serão construídos no Estado em 2020. Segundo a comissão, no caso de residências com 30 anos de hipoteca, as novas regras de construção aumentarão o valor da mensalidade em US$ 40, mas poderão promover US$ 80 mensais de economia nas contas de aquecimento, resfriamento e de luz.
A Califórnia revisa e atualiza as regras de construção, incluindo as de eficiência energética, a cada três anos. O Estado tem buscado a liderança no país em energia limpa, incentivando o uso de veículos elétricos e menos emissões de gases de efeito estufa por parte de construções residenciais e comerciais. O valor dos painéis solares no Estado caiu mais de 50% nos últimos cinco anos, e muitas residências já têm instalado o equipamento.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.