Plástico recolhido de rio vira parque flutuante
Blocos de material reciclado tornam a paisagem mais bonita e viram abrigo para aves e peixes
Em Roterdã, na Holanda, o plástico na água virou algo bonito de se ver. Não estamos falando de garrafas, frascos, embalagens e outros resíduos que chegam flutuando pelo rio Maas, mas de um parque flutuante de com 140 metros quadrados, com plantas, passarelas e banquinhos, criados a partir desse mesmo lixo, só que reciclado.
Inaugurado em julho, a iniciativa da Recycled Island Foundation busca mostrar que o plástico recolhido da água é adequado para reciclagem e pode virar um material de valor.
Para isso, durante um ano e meio, a fundação desenvolveu e testou três “armadilhas” flutuantes no rio, para capturar o lixo trazido pela correnteza.
- Feriados prolongados de 2025 e para onde viajar em cada um deles
- Resort goiano inaugura 1º parque aquático indoor do Centro-Oeste
- 8 destinos baratos para quem quer viajar gastando pouco
- 5 dias na Patagônia: mais aventuras do que você conseguirá contar aos amigos
Segundo o fundador da iniciativa, Ramon Knoester, os rios costumam estar localizados nos pontos mais baixos das cidades, por isso é normal o lixo se acumular neles: “Se esse lixo for recuperado ainda dentro de nossas cidades e portos, conseguimos evitar o aumento da ‘sopa de plástico’ nos mares e oceanos”.
Clique aqui e conheça o projeto As Melhores Soluções Sustentáveis
Como 98% dos resíduos plásticos são encontrados próximos à superfície da água, dá para imaginar que muita coisa deve ter ido parar nas armadilhas. Além disso, voluntários recolheram lixo das margens do rio.
Após análise e separação, o plástico recolhido foi reciclado e transformado em blocos hexagonais que podem ser conectados uns aos outros.
O parque flutuante de Roterdã foi construído com 29 desses blocos. Alguns blocos viraram minijardins, e outros receberam bancos para que as pessoas possam se sentar neles.
Além de deixar a paisagem mais bonita, as plantas criam um ecossistema onde peixes, insetos e aves podem se abrigar.
No meio do parque flutuante formam-se canais, com cerca de meio metro de profundidade, onde peixes e pássaros encontram um local para crescer antes de entrar nas águas mais profundas.
A Recycled Island Foundation também espera despertar e ampliar a consciência dos moradores e visitantes para a ecologia.
Os blocos de plástico reciclado e o parque flutuante foram construídos em parceira com escritórios de arquitetura, empresas, universidades e o poder público local.
Leia também: Internautas comandam robô que coleta lixo de rio
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.