Internautas comandam robô que coleta lixo de rio

Equipado com uma câmera, ele empurra resíduos que boiam na água até um local onde eles possam ser recolhidos

Em parceria com qsocial
02/07/2018 17:00

A Urban Rivers está desenvolvendo um jogo online para minimizar o problema de descarte de resíduos do rio Chicago, na cidade norte-americana de mesmo nome. Com ele, o internauta poderá comandar, remotamente, um robô que coleta lixo. Com a ajuda de uma rede, ele empurra latas, plásticos e outros objetos que boiam na água até um local onde eles possam ser recolhidos.

Para tornar a ideia realidade, a organização sem fins lucrativos lançou um financiamento coletivo , que atingiu, em março, o valor inicial almejado, de US$ 5.000, permitindo o início do projeto. A campanha segue em aberto, pois, caso consigam chegar ao valor de US$ 10 mil, a equipe quer montar um segundo robô.

Uma câmera permite acompanhar a movimentação do robô que coleta lixo
Uma câmera permite acompanhar a movimentação do robô que coleta lixo

Chamado de trash robot ou trashbot, o robô foi inventado, inicialmente, para resolver um problema que a ONG encontrou ao instalar jardins flutuantes às margens do rio. Esse trecho fará parte do Wild Mile, um ecoparque de 1,6 km sobre a água, a ser concluído até 2020. Terá florestas, pântanos, passarelas e pontos de atracagem de caiaques.

Os jardins abrigam espécies nativas, para atrair aves e peixes
Os jardins abrigam espécies nativas, para atrair aves e peixes

Logo, porém, a Urban Rivers descobriu que o lixo trazido pela correnteza ia parando e se acumulando ali.  De início, alguém ia até o local, de caiaque, para limpar. Mas, como os resíduos se juntavam rapidamente, resolveram testar um robô. A ideia não só deu certo como resultou em um jogo online para coletar lixo do rio.

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Com os jardins flutuantes, a Urban Rivers quer melhorar a qualidade da água e incentivar a comunidade local a cuidar e valorizar o rio. Há uma variedade de plantas nativas da região, encontradas em pântanos e pradarias, para atrair e servir de abrigo a aves, peixes, tartarugas e insetos.

Abóbora que cresceu no jardim sobre o rio Chicago
Abóbora que cresceu no jardim sobre o rio Chicago

Não há solo: as plantas crescem com os nutrientes trazidos pelo rio. É como uma aquaponia, que a Urban Rivers chama de “river-ponics”. Ervas e legumes também estão sendo plantados, e serão testados para verificar a qualidade.

Todo o desenho e aprendizados serão disponibilizados (open source) para quem quiser reproduzir a iniciativa.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.