Internautas comandam robô que coleta lixo de rio
Equipado com uma câmera, ele empurra resíduos que boiam na água até um local onde eles possam ser recolhidos
A Urban Rivers está desenvolvendo um jogo online para minimizar o problema de descarte de resíduos do rio Chicago, na cidade norte-americana de mesmo nome. Com ele, o internauta poderá comandar, remotamente, um robô que coleta lixo. Com a ajuda de uma rede, ele empurra latas, plásticos e outros objetos que boiam na água até um local onde eles possam ser recolhidos.
Para tornar a ideia realidade, a organização sem fins lucrativos lançou um financiamento coletivo , que atingiu, em março, o valor inicial almejado, de US$ 5.000, permitindo o início do projeto. A campanha segue em aberto, pois, caso consigam chegar ao valor de US$ 10 mil, a equipe quer montar um segundo robô.
Chamado de trash robot ou trashbot, o robô foi inventado, inicialmente, para resolver um problema que a ONG encontrou ao instalar jardins flutuantes às margens do rio. Esse trecho fará parte do Wild Mile, um ecoparque de 1,6 km sobre a água, a ser concluído até 2020. Terá florestas, pântanos, passarelas e pontos de atracagem de caiaques.
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Logo, porém, a Urban Rivers descobriu que o lixo trazido pela correnteza ia parando e se acumulando ali. De início, alguém ia até o local, de caiaque, para limpar. Mas, como os resíduos se juntavam rapidamente, resolveram testar um robô. A ideia não só deu certo como resultou em um jogo online para coletar lixo do rio.
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Com os jardins flutuantes, a Urban Rivers quer melhorar a qualidade da água e incentivar a comunidade local a cuidar e valorizar o rio. Há uma variedade de plantas nativas da região, encontradas em pântanos e pradarias, para atrair e servir de abrigo a aves, peixes, tartarugas e insetos.
Não há solo: as plantas crescem com os nutrientes trazidos pelo rio. É como uma aquaponia, que a Urban Rivers chama de “river-ponics”. Ervas e legumes também estão sendo plantados, e serão testados para verificar a qualidade.
Todo o desenho e aprendizados serão disponibilizados (open source) para quem quiser reproduzir a iniciativa.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.