Biodegradável, sapato de lã conquista pés do Vale do Silício
Jovens investidores que em geral ditam a própria moda na meca de tecnologia dos EUA aderiram a um calçado prático e ecológico
Rola muito dinheiro no Vale do Silício, na Califórnia. Mas não é por isso que os investidores em tecnologia que circulam por lá optam por roupas mais formais no dia a dia.
Entre esses jovens dinâmicos, importam mais conceitos como praticidade e sustentabilidade do que o estilo tradicional dos executivos.
Assim, a nova moda na meca americana das startups é um sapato de lã e óleo de mamona que nem precisa de meia para ser usado.
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O projeto surgiu pelas mãos de um ex-jogador de futebol da Nova Zelândia, Tim Brown, em parceria com Joey Zwillinger, um engenheiro de biotecnologia. Ambos têm 36 anos.
A matéria-prima principal do sapato de lã Allbirds, a marca que criaram, é proveniente da raça de carneiro merino. A sua lã é considerada a melhor do mundo para o uso têxtil.
Os fios utilizados para fazer o Allbirds possuem um diâmetro equivalente a 20% do cabelo humano médio.
Como resultado, a leveza do tecido tricotado que compõe o calçado ajuda a torná-lo naturalmente antitranspirante.
Além disso, ele oferece a praticidade de poder ser higienizado na máquina de lavar.
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Alguns usuários reclamaram da baixa durabilidade dos primeiros modelos. Mas os empreendedores já trabalharam para corrigir esse problema e acenam com uma versão mais longeva.
Brown e Zwillinger contam hoje com cerca de 50 funcionários na sede da Allbirds, em São Francisco (EUA).
Na Coréia do Sul, são mais 350 empregados na fábrica da marca, e há outros 40 em um armazém na cidade americana de Nashville.
O sapato de lã custa US$ 95 (R$ 357). A empresa atualmente também investe em chinelos de praia feitos de cana-de-açúcar.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.