Startup usa bactérias em sistema de despoluição de rios e lagos
Processo é realizado com uma placa de cera que contém nanominerais e tem sido aplicado na descontaminação de águas em regiões como a de Mariana
As tragédias ambientais têm afetado a vida de muitos brasileiros. E de todo o ecossistema, na verdade. Porém, há iniciativas para combater os efeitos nefastos de males como o rompimento de barragens. Uma delas usa bactérias para a despoluição de rios e lagos.
Em geral, falar nesses micróbios remete a sujeira. Pois, no caso do processo desenvolvido pela startup O2eco, de São José dos Campos (SP), a ação deles é justamente a oposta.
Luís Fernando Magalhães, um dos quatro sócios da O2eco, explica como funciona o sistema que a empresa criou.
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Ele é composto por uma placa de cera com nanominerais, que estimulam a criação de bactérias “saudáveis”. São elas que ajudam na despoluição de rios, lagos e lagoas.
A tecnologia permite que a produção de bactérias cresça de 8.000 vezes para 10 milhões de vezes em dez horas. Assim, o consumo de materiais orgânicos e inorgânicos também aumenta exponencialmente.
Quando, por fim, a água fica limpa, as bactérias simplesmente morrem de fome. No processo, não é utilizado qualquer tipo de produto químico.
A placa de cera tem vida útil de até nove meses.
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A O2eco atuou no rio Doce por ocasião do rompimento da barragem em Mariana (MG). Lá, conseguiu reduzir o nível de alumínio na água em 57%, em cinco semanas. O desafio, agora, é promover a descontaminação na região de Brumadinho.
Magalhães conta que importou essa tecnologia de despoluição de rios e lagos da Austrália, onde morou por 14 anos.
Ela também pode ser aplicada na agricultura e na pecuária. Como negócio social, a O2eco já realizou o tratamento de água nas cidades de São José dos Campos e do Rio.
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