WWF-Brasil faz balanço sobre proteção da biodiversidade no país
Brasil conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia e no Cerrado, mas não baixou as taxas de conversão de ambientes nativos nesses dois biomas
O Brasil é o país que detém a maior biodiversidade do mundo: abriga de 10% a 20% do total de espécies do planeta.
São, pelo menos, 46.220 espécies de plantas e 116.692 espécies de animais conhecidas no país.
Mas será que essa fartura biológica está sendo devidamente protegida?
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O WWF-Brasil acaba de publicar um estudo com um balanço das principais metas que o governo brasileiro estabeleceu para a proteção da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais no país.
A publicação “O Brasil caminha para um futuro em harmonia com a natureza?” foi lançada às vésperas da 14ª Convenção das Partes (COP) da Diversidade Biológica, no Egito, que termina no dia 29 de novembro.
Segundo a avaliação do WWF, o Brasil conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia e no Cerrado.
No entanto, não cumpriu a meta de redução das taxas de conversão de ambientes nativos nesses dois biomas.
Entre os trunfos do país estão os mais de 2,5 milhões de quilômetros quadrados de Unidades de Conservação continentais e marinhas.
Mais ainda há grandes desafios para garantir efetividade às áreas protegidas.
E é preciso lidar com pressões para reduzir o tamanho e o status de proteção dessas regiões.
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A meta de redução do risco de extinção de espécies avançou, mas centenas de espécies ameaçadas ainda não contam com medidas de proteção.
Além disso, há quase uma década não são produzidas estatísticas sobre pesca, o que prejudica o monitoramento de sobrepesca.
O WWF-Brasil aponta ainda que 39% dos brasileiros veem no meio ambiente e nas riquezas naturais o maior motivo de orgulho para o país.
Mas a agenda da biodiversidade ainda é um tema periférico para o governo.
Avaliação das metas para biodiversidade
As COPs da Biodiversidade acontecem a cada dois anos.
Em 2020, os países signatários se reunirão em Beijing, na China, para avaliar o cumprimento das Metas de Aichi.
Trata-se de um conjunto de objetivos para promover a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e a repartição de benefícios, assumidas há dez anos, em 2010.
O Brasil é signatário da convenção.
E, entre suas metas domésticas, está a de conservar pelo menos 30% da Amazônia, 17% de cada um dos demais biomas terrestres e 10% de áreas marinhas e costeiras.
Os focos são principalmente regiões de especial importância para a biodiversidade e serviços ecossistêmicos.
Ao final, o estudo do WWF-Brasil traz também comentários sobre o que o governo brasileiro prepara para o período pós-2020.
Inclui a preocupação em melhor conectar as metas para biodiversidade com outras agendas, como a dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e em promover o maior engajamento da sociedade no tema.
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