Startup alemã produz xícaras feitas com borra de café
Os recipientes da Kaffeeform, feitos com uma mistura do resíduo da bebida com materiais naturais, são resistentes e biodegradáveis
Quem adora um espresso e suas variantes (ou seja, muita gente!) vai gostar desta novidade: a startup alemã Kaffeeform produz xícaras feitas com borra de café, misturando-a com outros materiais naturais.
A borra de café é coletada em estabelecimentos de Berlim, capital alemã, por uma organização social parceira da empresa. Ela é então combinada a biopolímeros, amido, celulose, madeira, resina, óleos e cera naturais, para produzir um líquido que é moldado no formato desejado.
A Kaffeeform trabalha com a premissa de que o consumo da bebida aumenta no mundo todo. Com isso, resíduos como borra de café também chegam aos aterros sanitários em volumes crescentes. Reaproveitar esse material é uma forma de dar um destino melhor a ele e diminuir o lixo existente.
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As xícaras vêm em dois tamanhos, de 40 ml, para o espresso, e de 200 ml, para o capuccino. A empresa também fabrica copos e pires.
O negócio começou em 2015, após cerca de três anos de pesquisas e experimentações. Neste ano, foram lançados copos alongados, com tampa, seguindo o formato dos recipientes usados para colocar café para viagem. Assim, você pode levar sua bebida, sem ter de usar descartáveis.
As xícaras feitas com borra de café podem ser usadas várias vezes e colocadas na lavadora de louças. Também são leves, resistentes e aguentam altas temperaturas, garante a startup. E têm um leve aroma de café. Caso não sejam mais necessárias, podem ser recicladas, embora também sejam biodegradáveis.
As xícaras podem ser compradas por unidade ou em conjuntos de quatro, seis e oito itens. A de 40 ml, com pires, custa 14,90 euros (R$ 65); a de 200 ml, 19,90 euros (R$ 86). O copo em formato “para viagem” sai por 14,90 euros (R$ 65).
Em 2018, a startup ganhou um prêmio de design, chamado Red Dot: Best of the Best Design Award, dedicado a negócios que se destacam pelo design, na categoria materiais.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.