‘Criativos da Escola’ encoraja comportamento transformador de crianças dentro e fora da escola
Ouvir as crianças sem condescendência, estimulá-las a criar soluções inovadoras e compartilhar com elas o poder de fazer a diferença em seu entorno. Essas são as principais premissas do projeto Criativos da Escola, que já existe em 34 países com o nome de Design for Change. Ele foi criado pela designer e empreendedora social Kiran Bir Sethi após observar a estrutura rígida e hostil da escola onde estudava seu filho mais velho na Índia.
O projeto já promoveu várias transformações desde que foi criado, em 2006. Histórias que inspiram e emocionam, como o mutirão para alfabetização adulta em um vilarejo indiano, no qual alunos de uma escola passaram a ensinar os próprios pais a ler e escrever. Já em Taiwan, as crianças criaram um centro de cuidado para pássaros que morriam dentro do espaço da escola. O movimento reúne mais de 25 milhões de crianças e jovens pelo mundo, e objetivo do Instituto Alana é fazê-lo maior e mais abrangente em solo brasileiro.
“Trata-se de um movimento global, cujo objetivo é oferecer às crianças e adolescentes a oportunidade de transformar a realidade que os rodeia. A partir do convite para expressar suas inquietações, eles são encorajados a olhar seu entorno e perceber como podem contribuir para sua mudança”, explica Carolina Pasquali, diretora de comunicação do Instituto Alana. Nos últimos dois anos, Carolina e equipe conduziram alguns pilotos da experiência em escolas públicas e particulares. “Agora, queremos expandir esse alcance e também reconhecer as histórias que serão protagonizadas por crianças e adolescente transformadores em todo o país”, acrescenta ela.
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O projeto Criativos da Escola será lançado no dia 25 de fevereiro no Auditório do Itaú Cultural, em São Paulo, em um evento aberto a educadores.
O Desafio Criativos da Escola
Para estimular que as histórias protagonizadas em todo o país sejam compartilhadas e possam inspirar cada vez mais gente, o projeto também promoverá o “Desafio Criativos da Escola”, que irá premiar as iniciativas que se destacarem pelo impacto do trabalho e pelo processo de construção da ideia. Não precisa ser nada complexo: as propostas podem partir de coisas simples, como trabalhar pela recuperação de uma praça ou incentivar os jovens a irem para a escola de bicicleta. Serão escolhidos cinco grupos vencedores, que viverão uma experiência transformadora – todos juntos – como prêmio pelo trabalho. Já o educador responsável pelo grupo ganhará uma bolsa para fazer o curso que escolher, além de acompanhar o grupo na experiência também.
O projeto pode ser desenvolvido fora das escolas. Ele pode acontecer em qualquer local onde haja um grupo de crianças ou adolescentes, como uma associação, um clube ou uma ONG. A sugestão é para que a ideia seja desenvolvida com alunos do Ensino Fundamental II (ou seja, crianças e adolescentes entre 10 e 15 anos).