Carnaval Sem Assédio
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Casa da Mulher Brasileira acolherá vítimas de assédio no Carnaval

O espaço, localizado no Cambuci, região central de São Paulo, presta serviços integrais e humanizados para mulheres em situação de violência

A Casa da Mulher Brasileira será o ponto de apoio oficial para encaminhamento das vítimas de assédio atendidas pela força-tarefa dos Anjos do Carnaval em São Paulo, criada pela Catraca Livre em parceria com a produtora Rua Livre e a Prefeitura de São Paulo. A ação faz parte da quinta edição da campanha #CarnavalSemAssédio, que tem apoio oficial da 99.

O espaço, localizado no Cambuci, região central da capital paulista, presta serviços integrais e humanizados para mulheres em situação de violência e tem atendimento 24 horas. No local, a mulher encontra apoio psicológico, assistencial, com o amparo necessário para a sua segurança e bem-estar. A equipe da Casa conta com policiais, defensores públicos, assistentes sociais e psicólogos.

A Casa da Mulher Brasileira tem atendimento 24 horas a mulheres vítimas de violência
Créditos: Marcelo Pereira / SECOM
A Casa da Mulher Brasileira tem atendimento 24 horas a mulheres vítimas de violência

A cada dia do Carnaval (de 22 a 25/2), a equipe dos Anjos do Carnaval, formada por voluntários treinados, será responsável por acolher e orientar mulheres e LGBTs vítimas de assédio; do alto de trios elétricos de blocos parceiros, eles também ajudarão a identificar assediadores.

Já o Ônibus Lilás, cedido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania especialmente para a ação, segue sendo um dos símbolos da campanha na capital paulista, mas não vai rodar sozinho. Teremos, neste ano, cinco pontos de atendimento com técnicas da prefeitura capacitadas para atuar na orientação e no atendimento de vítimas de assédio.

Segundo Ana Cristina Souza, coordenadora de Políticas para Mulheres, a Casa da Mulher Brasileira será o grande suporte da ação dos Anjos do Carnaval e, para isso, sua equipe receberá capacitação específica para acolher e auxiliar vítimas de assédio neste período. Lá, será possível ter atendimento psicossocial, registrar o Boletim de Ocorrência e receber informações mais detalhadas sobre a rede de atendimento para vítimas de violência de gênero.

“A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento que faz atendimento a mulheres em situação de violência. Quando estamos trazendo uma demanda diferenciada, que é a do Carnaval, e seu universo de violências, é necessário preparar a equipe. Por isso, a Coordenação de Mulheres pensou em um novo fluxo para o atendimento e acolhimento das demandas deste período”, afirma a coordenadora.

Ao chegar ao local, a vítima recebe atendimento psicossocial
Créditos: Marcelo Pereira / SECOM
Ao chegar ao local, a vítima recebe atendimento psicossocial

Nesta semana, os profissionais receberão uma sensibilização da coordenação em relação a casos de importunação sexual, estupro e assédio sexual com o objetivo de prestar uma escuta diferenciada a essas mulheres. “A ideia é que continue o mesmo quadro de profissionais do equipamento, que já é pensado para atender um grande número de mulheres, mas talvez seja preciso remanejar o turno para os horários de pico. Isso nós vamos adequar nos dias de Carnaval.”

Ainda de acordo com Ana Cristina, nos casos em que a violação de direitos for identificada e a vítima necessitar de atendimento, ela será encaminhada à Casa. “São vários atores atuando no enfrentamento da violência no local e a ideia é que a mulher receba uma primeira escuta da área de atendimento psicossocial e, então, nesse momento da escuta, ela seja orientada quanto aos direitos que tem. Se ela quiser, poderá formalizar a ocorrência na delegacia, pois também terá orientação de outros órgãos.”

A equipe da Casa será treinada para atender a demanda de assédio no Carnaval
Créditos: Marcelo Pereira / SECOM
A equipe da Casa será treinada para atender a demanda de assédio no Carnaval

As mulheres em situação de violência que chegarem ao local encontrarão serviços de acolhimento e escuta qualificada por meio de uma equipe multidisciplinar, formada por:

  • Atendimento psicossocial – acolhimento adequado para cada caso, com funcionamento 24 horas por dia, todos os dias da semana;
  • Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) – aberta 24 horas por dia, sete dias por semana, conta com ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência;
  • Ministério Público – órgão responsável pelo acompanhamento dos casos dentro do Sistema de Justiça para garantir que a lei seja cumprida; o local funciona das 9h às 17h, de segunda-feira a sexta-feira;
  • Defensoria Pública – o espaço funciona das 9h às 17h, de segunda-feira a sexta-feira, e oferece orientação às mulheres sobre seus direitos e assistência jurídica;
  • Tribunal de Justiça – responsável pelos processos, julgamentos e execução das causas relacionadas à violência;
  • Guarda Civil Metropolitana – equipe responsável pelo cuidado e orientação das mulheres com medidas protetivas.

Serviço:
Casa da Mulher Brasileira
Rua Vieira Ravasco, 26, Cambuci (região central), São Paulo-SP