Carnaval Sem Assédio
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Mulheres seguem vulneráveis à exploração sexual no Carnaval

Por Plan International Brasil

Por: Redação
Estima-se que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados
Estima-se que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados

Caixa, repique e surdo ressoam pelas ruas. Festas que se estendem noite adentro. Turistas de todo o país e do mundo se reúnem para uma das maiores celebrações do planeta. Como diz uma famosa canção, é Carnaval em Salvador. A capital baiana deve receber 770 mil turistas brasileiros e de outros países, segundo estimativa da prefeitura soteropolitana. Durante os dias do reinado de Momo, crescem também os números de denúncias relacionadas à violação de direitos de meninas e mulheres, como a exploração sexual de menores de idade.

Por mais que neste período cresça em 18% o número de ligações para o Disque Direitos Humanos, ou Disque 100, estima-se que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados. A central de denúncia calcula que a cada 24 horas, 320 crianças são exploradas sexualmente. A maioria das vítimas tem entre 7 e 14 anos.

Incentivar o número de denúncias e conscientizar os turistas é um importante passo para assegurar que meninos e meninas possam acessar seus direitos livremente. Porém, falar sobre os assombrosos números de exploração sexual para um público ansioso para vestir o abadá é um desafio. A Plan International Brasil, ONG que defende os direitos das crianças, adolescentes e jovens com foco na promoção da igualdade de gênero, em parceria com a Grou Turismo, desenvolveu uma série de ações para alcançar e sensibilizar os foliões que chegam todos os dias para curtir o Carnaval de Salvador.

Assistentes receptivos capacitados irão distribuir materiais informativos sobre como identificar e denunciar a exploração sexual, assim como motoristas de ônibus e vans responsáveis pelos trajetos entre os hotéis e pontos turísticos , também receberão treinamento sobre o assunto. A formação aconteceu em parceria com o projeto Down To Zero, Centro de Assessoria e Estudos Pedagógicos (CEAP), o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA) e o Comitê de Proteção integral a Crianças e Adolescentes em Megaeventos. Também foram disponibilizamos tablets ao governo do estado da Bahia para tornar o processo de coleta de denúncias mais dinâmico e eficiente.

Ao olharmos por trás dessa cortina de confete e purpurina, encontramos mais de 500 mil crianças, adolescentes e jovens que são vítimas de exploração sexual no Brasil. Falar sobre o Lado B do Carnaval é uma forma de agir para que a grande festa popular nacional seja realmente para todos.

A exploração sexual é crime previsto no Código Penal Brasileiro. Para denunciar, ligue 100, ou acesse disque100.gov.br

Sobre a Plan International Brasil

A Plan International Brasil foi eleita a melhor ONG que cuida das crianças e adolescentes do nosso país em 2017 pelo “Melhores ONGS Época”. Fundada em 1937, a Plan International é uma organização não-governamental, não-religiosa e apartidária que defende os direitos das crianças, adolescentes e jovens, com foco na promoção da igualdade de gênero. A Organização luta por um mundo justo, que promova os direitos das crianças e igualdade para as meninas, além de engajar pessoas e parceiros na causa.

Campanha #CarnavalSemAssédio

Pelo terceiro ano consecutivo, o Catraca Livre promove a campanha #CarnavalSemAssédio com o objetivo de lutar por respeito na folia e pelo fim da violência contra a mulher. Quem está com a gente: a ONU Mulheres, a ONG Plan International, os blocos Mulheres Rodadas e Maria Vem Com as Outras, as redes Minha Sampa e Meu Recife, os coletivos Nós, Mulheres da Periferia, Não é Não e Vamos juntas? e as prefeituras de São Paulo e Salvador.