Com robô de mente humana, executiva trans é a mulher mais bem paga dos EUA
Com informações do jornal Folha de S. Paulo
Antes de ser a executiva mais bem paga dos Estados Unidos, ela fundou uma empresa de biotecnologia para salvar a filha doente. Revolucionou a indústria da comunicação via satélite e criou um robô com consciência própria. Antes de tudo isso, Martine nasceu Martin. E esse é só mais um detalhe da vida desta mulher que veio ao mundo para resistir.
Durante uma entrevista no TED (evento que reúne as principais novidades em tecnologia e design), a convidada contou sua trajetória de vida marcada por conquistas e reviravoltas.
Nos anos 1980, Rothblatt esteve envolvida numa série de parcerias que buscava o lançamento de satélites, colocando um fim no monopólio de telecomunicações. Ajudou, assim, a criar o primeiro serviço de localização de carros, a GeoStar.
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Mas a vida deu uma reviravolta no fim dos anos 1990, quando Rothblatt passava por uma mudança de sexo, com o apoio da mulher, Bina, e a filha de cinco anos do casal era diagnosticada com hipertensão arterial pulmonar, uma doença incurável.
A executiva passou a estudar biologia do zero, até saber o suficiente para ter esperanças em achar uma cura. Assim, passou a financiar pesquisas sobre a doença e fundou a United Therapeutics. Na época, soube de uma droga experimental que estava nas mãos do laboratório Glaxo Wellcome, que havia decidido não levá-la adiante.
Robô de mente humana
Nos dias atuais, Rothblatt tem planos também para replicar a mente humana, num experimento que ganhou forma de um robô que tem o rosto de sua esposa Bina e todas as suas facetas, memórias e gostos.
Com ajuda de uma empresa de robótica, ela trabalha com um sistema de “arquivo mental”, uma coleção de memórias, maneirismos, crenças, sentimentos e tudo o que tiver direito.
Além disso, pensando nas potenciais crises éticas de tantas transformações tecnológicas, ela fundamentou a religião Terasem, uma mistura de judaísmo com entusiasmo tecnológico, cuja ideia apoia pesquisas em campos como nanotecnologia e criogenia (estudo de organismos em temperaturas muito baixas).