Cultura e criatividade podem ser caminho para uma São Paulo melhor

05/10/2012 14:32 / Atualizado em 18/07/2016 16:13

Para mudar São Paulo, temos que ser criativos. É nisso que acredita o movimento SP+C, que quer uma cidade mais humana e divertida utilizando o potencial criativo dos paulistanos.

O idealizador do movimento, fundado em fevereiro, é o psicólogo Lucas Foster, 28. “Fui para a Dinamarca fazer uma pós-graduação e, quando voltei, fiquei incomodado com São Paulo. Apesar de ter coisas legais, não havia um sentimento de que a cidade era legal. Mais de 50% das pessoas querem sair de São Paulo, e 30% tem transtornos mentais, número muito acima da média mundial”, conta Foster.

Grupo aposta em iniciativas criativas para melhorar São Paulo
Grupo aposta em iniciativas criativas para melhorar São Paulo

Para mudar este quadro, SP+C atua como articulador de iniciativas criativas na cidade. Além de divulgar projetos interessantes em seu site, o grupo faz uma espécie de assessoria, criando uma ponte entre a mídia e os movimentos culturais. “Sem cobrar, é claro”, garante o psicólogo.

A rede do SP+C é aberta a todos. “Temos 30 ‘embaixadores’ que vão em busca de conteúdo relacionado a iniciativas novas, à economia criativa. Estamos também criando grupos regionalizados que identificam ongs e coletivos que podem fazer parte da rede. É uma iniciativa para as pessoas, qualquer um pode participar”, explica Foster.

Apesar de considerar a cidade “conservadora”, o criador do movimento acredita que as iniciativas são bem recebidas pela população: “a galera adora. A noção de espaço público tem mudado. Com a Lei Cidade Limpa e a internet no celular, as pessoas têm circulado mais e elas querem andar em lugares agradáveis”.

Novos projetos

Além de impulsionar iniciativas de outros grupos, o SP+C está próximo de fechar negociações com empresas para viabilizar duas ideias próprias. Uma delas é o Projeto Tapume, em parceria com uma construtora. “A ideia é fazer exposições fotográficas nos tapumes durante as obras. Transformar os tapumes vazios em galerias”, explica.

A outra iniciativa é mundial. Através de streaming, o grupo quer projetar shows que ocorrem em outros lugares do mundo em locais públicos no Brasil. “Vai ter um show em Amsterdã e o horário é viável, a gente organiza um evento na praça para a galera assistir”, conta Foster.