Curso abre inscrições para a formação de mulheres programadoras
As inscrições para o bootcamp de programação front-end são online e vão até o fim de novembro
Estão abertas as inscrições para uma nova convocatória que visa formar mais uma geração de programadoras de ponta aptas a assumir posições em grandes empresas. O curso de programação front-end é dedicado exclusivamente à formação de mulheres.
Ao final do curso as alunas formadas terão apoio para se inserir no competitivo mercado tecnológico. Além disso, para garantir que as ex-alunas sigam crescendo profissionalmente, elas terão acesso às palestras, workshops, mentorias e encontros de networking.
O curso conta com 60 vagas e será realizado em São Paulo. Podem se inscrever mulheres com no mínimo 18 anos que tenham estudado em escola pública ou cursado escola particular com bolsa integral ou parcial. Não é necessário ter nenhum conhecimento prévio em programação. Além disso, é pedido que as candidatas não estejam cursando a universidade durante o bootcamp. Pois é necessário ter disponibilidade para as aulas presenciais de cinco horas diárias, cinco vezes por semana, no decorrer de seis meses.
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Como funciona?
As interessadas precisam fazer as inscrições online até 30 de novembro. Em seguida, o processo seletivo inclui uma prova online, um mini-curso que vai te fornecer orientações para um pré-trabalho. Haverá também uma entrevista e ao final as melhores candidatas serão convidadas a participar de 5 dias de vivência na Laboratória. As aulas têm início previsto para janeiro de 2019, em São Paulo.
As alunas não pagam nada durante o curso. Depois de conseguirem um emprego, elas pagam uma contribuição para que outras mulheres possam ter a mesma oportunidade. O programa de formação, ou Bootcamp, dura 6 meses, e prepara as alunas para se tornarem programadoras Front-End, com aulas sobre JavaScript, HTML, CSS e UX, entre outras especializações da área de tecnologia.
“Nosso currículo oferece o que há de mais atual em relação às demandas de mercado. Além das habilidades técnicas, também desenvolvemos as competências socioemocionais para que as nossas alunas sintam-se preparadas para atuar em um mercado altamente competitivo”, diz Gabriela Rocha, sócia e vice-presidente de expansão da Laboratória. “Ao mesmo tempo em que a vida delas é transformada por essa nova oportunidade, elas transformam o mercado aportando talento e diversidade”.
- Talent Fest
As inscrições estão abertas para a segunda turma de programadoras. A primeira que selecionou 60 mulheres dentre as 5.700 inscritas, depois de seis meses de trabalho, vai apresentar seus talentos ao mercado num grande evento.
O “Talent Fest”, um hackathon de 36 horas será realizado nos dias 08 e 09 de novembro, no campus da ESPM TECH. No evento as empresas parceiras dispostas a recrutar talentos propõem desafios reais para as alunas resolverem. As organizações que tiverem interesse em participar do evento precisam apenas enviar um e-mail para [email protected].
“ O Talent Fest representa o encerramento do ciclo de formação da primeira geração de programadoras da Laboratória. É um evento que reúne toda a comunidade da Laboratória em torno de nossas alunas. Durante o Talent Fest, as alunas demonstram todas as suas habilidades e competências debruçando-se sobre desafios de programação reais propostos pelas empresas parceiras da Laboratória no evento. ” diz Regina Acher, diretora executiva da Laboratória São Paulo.
O projeto
O curso é promovido pela Laboratória, startup social sem fins lucrativos, que através de um inovador bootcamp visa promover a inclusão econômica de mulheres de baixa renda. A Laboratória quer se tornar a principal fonte de talento tech feminino da América Latina (fundada no Peru, ela também está presente no Chile e no México). Mais de 200 empresas na América Latina, Estados Unidos e Europa já contrataram suas alunas. Desde 2014, mais de 850 jovens foram formadas e cerca de 80% delas estão empregadas na área, algumas inclusive em disputadas startups do Vale do Silício.
“Estamos muito satisfeitos com o trabalho que estamos realizando com a Laboratória no Brasil” disse Regina Acher. “O Brasil é o maior mercado de tecnologia da América Latina, existe uma grande demanda por mão-de-obra capacitada e ao mesmo tempo uma profunda desigualdade de gênero nesse setor”, acrescenta.
Contando com apoio de grandes organizações como Google, fundo de investimentos de impacto social Omidyar e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, tem sido reconhecida por líderes mundiais como Barack Obama e Mark Zuckerberg pela maneira inovadora de identificar e formar mulheres com potencial para uma carreira que transforma suas vidas e a indústria de tecnologia como um todo.