E os jovens que não podem largar tudo para viajar?
Yasmin Gomes, Coordenadora de Pesquisa e Conteúdo na Análise Editorial, escreveu um artigo recheado de reflexões sobre alguns textos que viralizaram recentemente sobre jovens e realização profissional, que nós inclusive publicamos aqui.
Mas, como tudo tem seus dois lados, achamos importante mostrar também a realidade de muitas pessoas em nosso país. Afinal, verdades, balela, nem tanto ao céu e nem à terra?
“Eu acho lindas as histórias da ‘geração que encontrou o sucesso no pedido de demissão‘, mas elas podem gerar um sentimento de depressão muito maior do que de inspiração. Recentemente, um texto da Ruth Manus bombou nas redes sociais. Montes de likes e compartilhamentos para soltar um grito de desespero de quem está infeliz com o que vou chamar aqui de carreira convencional”, introduz em seu texto.
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“Logo no início do texto, a autora já se defende dos que dirão que é muito fácil pedir demissão e mudar totalmente de carreira & estilo de vida quando se tem dinheiro, seja de economia pessoal ou o famoso “paitrocínio”. Ela logo parte para exemplos que não seguem essa linha, diz conhecer pessoas que “venderam o carro, dividem apartamento com mais 3 amigos, abriram mão dos luxos, não ligam de viver com dinheiro contadinho. O que eles não podiam mais aguentar era a infelicidade.” Ao ler esse trecho em voz alta para meus colegas de trabalho, quase tive cólicas de tanto rir. Só pode ser piada, né!? A média salarial em São Paulo é de R$2.300,00. No Brasil, até o final do ano passado, era pouco mais de R$1.000,00 reais. Em que realidade estão essas pessoas onde ‘viver com dinheiro contado’ e ‘abrir mão de luxos’ são sofrimentos opcionais em detrimento dos seus anseios profissionais?”, manda na lata.
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