EDUKAR investe em estudantes para acesso ao ensino superior

Por: Redação

A EDUKAR é uma empresa que presta serviços para estudantes. Ela se preocupa com o acesso deles ao ensino superior e, assim, financia seus estudos.  O empréstimo é calculado de acordo com o que o estudante precisa para sua formação e os juros por sua renda.

Para participar do programa, o estudante pode se inscrever no site da EDUKAR. Feita a inscrição, recebe um questionário e uma autobiografia que determina a validade do perfil para a empresa. Entre os quesitos exigidos, é necessário ter potencial e ser determinado.

Se o aprovado, o estudante passa para a fase de planejamento, em que são apresentados os valores de investimento.

Roberto Tesch, economista e CEO da empresa, diz que a ideia de criá-la vem de um sentimento em que a educação deve ser nivelada por cima, dar oportunidades e distribuir os ganhos. “Eu fui estudar economia, já pensando em causar uma transformação social”, conta Tesh. Sua experiência profissional em estruturação de projetos despertou seu lado empreendedor.

Roberto Tesh, um dos fundadores da empresa, acredita que a educação superior deve ser acessível a todos

Os primeiros investimentos da EDUKAR vieram do bolso dos sócios para três estudantes. Os demais recursos vieram do mercado financeiro e de investidores anjos.

Segundo ele, ás vezes os alunos, por exemplo, beneficiados pelo PROUNI precisam de mais do que uma formação superior grátis, como auxilio em alimentação, moradia e transporte. Entretanto, para um jovem ter acesso ao programa ou outros programas de apoio estudantil do governo, ele precisa estar preparado, ter condições de passar no vestibular de uma universidade pública.

“A EDUKAR me abriu fronteira, me tornou um cidadão do mundo”, conta Eduardo Henrique de Freitas Santos, economista e cliente da empresa de Tesh. Ele irá realizar um intercâmbio à Irlanda com a parceria da EDUKAR.  Sem a empresa, Santos não teria como arcar com os custos da viagem.

Modelo de Negócios

“A EDUKAR tenta tapar os buracos que ficam nos programas do governo, por meio de seu modelo de negócio”, descreve Tesh. O modelo tem três pilares, o primeiro deles é a flexibilidade do uso do dinheiro, por exemplo, para moradia, alimentação, transporte, cursinho e inglês. Essa flexibilidade teria o custo de aplicação em média de R$ 40 mil para cada estudante, com aproximadamente 12 anos de pagamento e juros de 8% da renda.

O segundo pilar do modelo é se o estudante ganhar mais ele pagará mais, se receber menos, pagará menos, o pagamento é feito em porcentagem de sua renda.  E o terceiro pilar seria o acompanhamento, que consiste em couching, orientação profissional, colocação no mercado de trabalho e rede de network. Para fazer parte dessa rede, do clube EDUKAR, como Tesh chama esse terceiro pilar, o estudante desembolsa R$ 250.

Disparidade

“Do ensino médio para o superior temos um salto de orçamento”, conta Tesh. Segundo ele, o salário médio por ano, de alguém que termina o ensino médio, é de R$ 16 mil. Já quem termina a faculdade, o salário anual é em média R$ 42 mil, se a instituição for bem conceituada, o rendimento salta para R$ 130 mil. Assim, a educação se torna um investimento rentável.

A EDUKAR tem parceria com ONGS, faculdades e outras instituições. Hoje, a empresa investe em 20 estudantes e tem mais 30 usufruindo de seus serviços, mas esperando a canalização de recursos.