Ex-psicóloga abre confeitaria de doces medicinais feitos com cannabis

Com sua própria plantação, ex-psicóloga abriu confeitaria voltada a pacientes com câncer e outras doenças submetidas ao tratamento da cannabis

27/10/2014 16:19 / Atualizado em 04/05/2020 15:06

Antes de abrir sua própria confeitaria de doces medicinais à base de cannabis, Alison Draisin não se preocupava com a procedência da maconha que fumava. Isso já faz cinco anos desde que resolveu investir em seu próprio cultivo, que hoje conta com 45 pés no jardim de sua casa, na cidade de Seatle.

A plantação é o principal fornecedor das mais de 100 gramas que fazem parte da receita secreta de mil cookies de chocolate e dos bolinhos de baulinha (com recheio de figo de amendoim) vendidos na Ettalew’, loja criada em 2010 que distribui para outros 40 representantes da região.

As leis do jogo

Desde 1998, segundo as leis do Estado de Washington, a cannabis foi legalizada para uso medicinal e quatro anos depois, em 2002, como uso recreativo.

Assim, na cozinha de sua casa, hoje, o tradicional cheiro de bolo de forno se confunde ao peculiar aroma de maconha em uma receita que utiliza 60 gramas de maconha para cada meio quilo de manteiga. Outro ingrediente que não falta à mesa é haxixe triturado em pó verde, entre as opções de tempero.

Entre as opções do cardápio, destaque para uma barra coberta de caramelo, nozes e coco, que além dos benefícios para insônia e outros males clínicos, também já faturou dois prêmios na edição nacional da ‘Cannabis Cup’, realizada em Amsterdã, na Holanda.

As primeiras fornadas e o livro de receitas da vovó

Em 2009, enquanto um vizinho e um amigo próximo da família sofriam com o diagnóstico de um câncer terminal, Alison soube dos benefícios oferecidos pelos alimentos feitos à base de maconha. Assim, usou o livro de receitas da avó para se aventurar na criação de comidinhas que podem ajudar a aliviar as dores dos pacientes com a doença.

Atualmente, dos 50 Estados 23 legalizaram o uso da droga medicinal e dois passaram a permitir o uso recreativo. Na loja de Alison, por enquanto, só quem tem carteirinha médica pode adquirir as guloseimas. A ideia é que, em breve, seja aberta a venda para as lojas de maconha recreativa do país.