Japão propõe uma manhã de segunda-feira de folga a trabalhadores
Em 2017, mais de 400 trabalhadores morreram em circunstâncias associadas ao excesso de trabalho
Em 2016, cerca de 75,3 mil trabalhadores foram afastados de seus cargos em virtude da doença que, nos últimos anos, ficou conhecida como “mal do século”. Depressão, ansiedade, transtornos bipolares, esquizofrenia e outros transtornos mentais relacionados à rotina no escritório representaram 37,8% de todas as licenças emitidas naquele ano.
Para mudar este cenário, o governo do Japão estuda aplicar uma política de trabalho que pode ajudar a saúde mental coletiva de um dos países com maiores índices de suicídio no mundo.
A medida é relativamente simples e objetiva: incentivar trabalhadores a tirarem folga em uma manhã de segunda-feira por mês – e está alinhada a outra proposta que incentiva as empresas a liberar os funcionários às 15h da última sexta do mês, quando recebem seus salários, para usar o dinheiro para viajar e ir às compras.
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Segundo o ministério, o plano de estimular o consumo entre os funcionários surgiu a partir da uma experiência própria, realizada na manhã de 27 de julho, quando 30% da equipe foi liberada. Com base nos resultados considerados positivos, o ministério estuda propor as campanhas aos empresários japoneses.
Os desafios causados pelo excesso de trabalho no Japão
Preocupado com as consequências provocadas pelo excesso de trabalho, as propostas de conciliação entre a vida profissional com a pessoal é, definitivamente, um assunto a ser discutido. Em 2016, uma pesquisa do governo feita com 10 mil trabalhadores avaliou que mais de 20% faziam mais de 80 horas extras por mês.
Desde 1960, o país testemunha o aumento de casos de karoshi – mortes causadas pelo excesso de trabalho. Associadas principalmente a doenças cardíacas e mentais provocadas pelas excessivas horas de trabalho.
Em 2017, o governo reconheceu 236 casos karoshis e 208 suicídios considerados karojisatsus – quando um trabalhador tira a própria vida por problemas mentais que podem ser ligados a experiências no ambiente profissional.
Além disso, segundo estudo divulgado pelo Instituto Nacional Japonês de Segurança e Saúde Ocupacional, o número de suicídios aumenta consideravelmente entre pessoas de 20 a 29 anos./Com informações do G1.
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