Lucrar ou mudar o mundo?

por Raul Perez, do Empreendedores Criativos

Reportagem do site Empreendedores Criativos aborda dilema de novos empreendedores.

Em recente entrevista para o Empreendedores Criativos, o sócio-diretor da consultoria em gestão iSetor, Marcus Nakagawa, definiu empreendedores sociais como agentes cujo principal foco é solucionar problemas sociais, de inclusão e diversidade. E, por vezes, essa busca se sobrepõe ao interesse financeiro.

No entanto, ter o lucro como balisador é importante para esse tipo de negócio por ser um dos impulsos que diferem o empreendedorismo social de Organizações Não Governamentais e outras entidades de caridade. Além disso, estar no mercado afere certo dinamismo aos negócios feitos na área. Mas será que ainda existe quem ache que lucro e ação social não possam andar juntos?

“Falar de dinheiro é um grande tabu, mas só porque ele vem atrelado a conceitos de economia e sociedade antigos. Isso só acontece porque há uma ilusão de separação: aqui se faz dinheiro, aqui se faz o bem; momento de trabalho, momento de voluntariado”, afirma Camila Haddad, “Mestre de Obras” do Cinese, como ela mesmo define. A plataforma que criou junto com a irmã, a advogada Ana Haddad, auxilia pessoas a compartilhar conhecimento com quem estiver interessado em saber mais e trocar experiências sobre determinado assunto, num modelo conhecido como crowdlearning.

“Estava fazendo um mestrado em meio ambiente e desenvolvimento sustentável em Londres. Lá me dediquei a estudar colaboração e a entender como troca e compartilhamento poderiam se tornar centrais na economia”, conta sobre a concepção da ideia.

Os recursos obtidos pelo Cinese atualmente vem de uma porcentagem que a plataforma cobra dos encontros pagos, modelo que só se viabiliza a longo prazo, segundo Camila. Para consolidar o negócio como um empreendimento autossustentável, as empreendedoras já pensam em novas canais de recursos. Todos eles, claro, dentro da proposta que idealizaram.

Uma delas é a criação de eventos concedidos pela própria casa, o “Cinese Oferece”. Além disso, elas pensam em utilizar o know-how que adquiriram durante o período para articular outros espaços de aprendizagem sob demanda.“Na nossa visão, qualquer organização nada mais é (ou deveria ser) do que um grupo de pessoas se unindo por algo que faz sentido.”

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