Na Nigéria, boneca negra e com roupas típicas ganha mercado das Barbies

Empreendedor usou brecha das multinacionais a seu favor

22/01/2014 16:06 / Atualizado em 04/05/2020 14:10

Rainha da África criada pelo empreendedor da Nigéria. País vive um boom econômico com surgimento de nova classe média
Rainha da África criada pelo empreendedor da Nigéria. País vive um boom econômico com surgimento de nova classe média

O nigeriano Taofick Okoya, 43, queria comprar uma boneca para a sobrinha e ficou surpreso quando descobriu que não existiam bonecas negras nas prateleiras das lojas do país.

De imediato, ele enxergou nessa lacuna uma oportunidade que parecia óbvia: vender bonecas negras na África.

Taofick Okaya encomendou peças da China e criou uma pequena confecção onde monta as bonecas. Ele também adicionou roupas tradicionais, como vestidos e acessórios. Nascia a Queens of Africa.

Sucesso de vendas

Normalmente, a concorrência entre multinacionais e pequenos empreendedores é desleal, especialmente em países emergentes. Mas Taofick Okoya conseguiu encontrar uma área de atuação bem específica. Assim, deixou as Barbies de lado.

Sete anos depois, ele comercializa entre 6 mil e 9 mil unidades mensais das bonecas e domina entre 10 e 15 por cento do mercado.

Taofick Okoya ainda afirma que pretende mudar o padrão esbelto e ocidental de sua produção. Ele já tentou fazer modelos mais encorpadas, mas não obteve sucesso nas vendas. Agora, procura maneiras de mudar o padrão visual.

Preta Pretinha

No Brasil, existe uma iniciativa semelhante. A confecção Preta Pretinha vende bonecas de pano negras, asiáticas e até cadeirantes. Leia matéria completa no Vila Mundo.

Com informações da Reuteurs.