Projeto desenvolve bibliotecas “pop up”
Ter bibliotecas móveis nas praças, parques, ruas, feiras de arte, em eventos ao ar livre e principalmente: bibliotecas que abram aos domingos, esse é o objetivo do arquiteto Alejandro Rodriguez Garcia, 31 anos.
“A ideia é levar a arte onde não há arte, fazer da rua um espaço de convívio, um lugar de pedestres, de pessoas”, foi com essa motivação que Alejandro desenvolveu – ainda na Espanha, seu país de origem – o Biombook. A proposta é construir grandes módulos com prateleiras para acomodar os livros. Módulos móveis que possam ser transportados de um local para o outro, criando assim bibliotecas itinerantes que a cada dia ficam em um bairro diferente.
O caminhão chega, os módulos saem, desdobram-se em prateleiras com livros, quadros decoram os biombos, pufs são colocados ao redor e assim monta-se a biblioteca sem paredes, sem burocracia e que também serve como ponto de troca de livros. Aberta para quem quiser se aproximar, sentar e ler. Uma iniciativa que apodera a população do espaço público. “Espaço urbano significa mais do que um local onde se mora, mas de um lugar que é seu”.
Há um ano morando na cidade de São Paulo, ele sonha viabilizar esse projeto o quanto antes, pois “é um modo de defender o espaço público. Nessa cidade falta isso. Na minha cidade as ruas são para os pedestres. A rua tem que ser utilizada para as pessoas.”
Originalmente desenvolvido com vibra de vidro para deixar os módulos leves e com maior durabilidade, pois o material resiste ao sol e chuva, Alejandro procura patrocínio e/ou parcerias interessadas em desenvolver a ideia.