Publicitário após viajar, resolve testar 31 trabalhos em 31 dias

27/09/2016 14:22 / Atualizado em 15/10/2016 13:43

O brasiliense Eduardo Talley era publicitário em uma agência de publicidade de São Paulo há 10 anos antes de economizar uma grana e partir por esse mundão viajando.

Ao retornar, resolveu experimentar novas funções nas quais nunca havia trabalhado em busca de descobrir outros talentos e “voltar a ter satisfação no ambiente profissional”, disse à BBC.

31 trabalhos em 31 dias

Foram 31 dias de todos os tipos de bicas, de cozinheiro a marceneiro. “Isso me deu uma sensação que eu já não sentia em publicidade fazia tempo: de satisfação, de reconhecimento, de trabalho concreto com começo, meio e fim”, conta.

O projeto, realizado em São Paulo no mês de abril, ganhou o nome de onedayhand (uma mãozinha por dia, em tradução livre em inglês). O próximo passo é replicar a ideia, mas no Rio de Janeiro, além de criar uma plataforma, para que mais pessoas possam ter a mesma experiência.

“Recebo mensagens de pessoas que estão há 15 anos na mesma profissão e não sabem nem por onde começar a pensar em outra coisa, embora tenham vontade de mudar de carreira, ou de experimentar outros trabalhos. Essa pode ser uma oportunidade de experimentar”, explica.

Tudo começou em 2012 quando, apenas de ter “o que pode ser considerado um bom salário para a área”, estava insatisfeito.

Então ele fez um planejamento, guardou grana e decidiu dar uma volta ao mundo

“Eu estava no melhor momento da carreira, trabalhei nas melhores agências, bom salário, bom cargo, enfim, eu gostava do que fazia, mas aquilo parou de fazer sentido pela energia que você gasta, falta de reconhecimento, tempo que gasta no trabalho e falta de tempo para a vida pessoal, coisas que todo mundo reclama.

Aí achei que não dava mais e pedi demissão. E fiz uma poupança boa, não tinha nem tempo para gastar dinheiro antes, tinha poucas férias, e guardei dinheiro para poder dizer: agora eu posso decidir o que eu vou fazer”, contou.

Após um ano viajando, ele teve contato com muitas pessoas e profissões vistas como “subempregos” aqui no Brasil, mas que, ao contrário da situação desses profissionais no país, chegavam a ganhar o mesmo que ele com o cargo como que ocupava na publicidade, por exemplo.