Startup conecta profissionais de limpeza com mercado de trabalho

Aos 28 anos o então estudante Thiago Silva teve um insight ao perceber que serviços de limpeza eram um nicho pouco explorado pelo mercado de startups

Startup  padroniza serviços e conecta profissionais autônomas com o cliente final
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Startup  padroniza serviços e conecta profissionais autônomas com o cliente final

Aos 28 anos o então estudante Thiago Silva teve um insight ao perceber que serviços de limpeza eram um nicho pouco explorado pelo mercado de startups.

Com o contato quase diário com a realidade das profissionais do setor – sua mãe e sogra atuam no ramo –, o jovem enxergou a necessidade de trazer mais profissionalismo para a área. E assim criou a Clean House Express, empresa que padroniza serviços e conecta profissionais autônomas com o cliente final, seja ele pessoa física ou jurídica.

Jovem enxergou a necessidade de trazer mais profissionalismo para a área

Hoje, 19 meses após o início do projeto, a Clean House já teve um faturamento de R$500 mil e repassou aproximadamente R$400 mil para as profissionais parceiras da plataforma.

Ao todo, foram realizadas mais de 3 mil faxinas, totalizando 12 mil horas de trabalho realizados para mais de 600 usuários do aplicativo.

Primeiros passos

Para dar vida ao projeto, ainda durante a graduação em Administração na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Thiago procurou o Programa Institucional e Bolsas de Empreendedorismo e Pesquisa da Instituição.

Lá, encontrou três elementos necessários para dar o próximo passo: capacitação, networking e investimento. “Essa parceria contribuiu não apenas para a transformação do meu sonho em um negócio palpável, mas também para impulsionar meu mindset empreendedor e inovador”, explica.

Valorização

Mas a Clean House Express não se limita a ser apenas uma conexão entre profissionais e o mercado de trabalho; ela também procura oferecer capacitação para seus colaboradores.

Por isso, todas as profissionais cadastradas passam por um treinamento na própria PUCPR, onde têm aulas sobre questões burocráticas, como a abertura de uma Microempresa Individual (MEI), bem como os benefícios oferecidos pelo governo com a formalização, além de questões sobre comportamento no ambiente de trabalho e atendimento ao cliente.

“Temos bastante segurança. Você aceita um trabalho e normalmente não sabe o que fazer. Já com a Clean House você tem tudo explicado. Tem adicional, por exemplo, para limpar a geladeira. É tudo muito claro e diferenciado. Você já vai sabendo o que tem que fazer”, explica Eliane Silva de Souza, também usuária do aplicativo.

E para valorizar ainda mais as profissionais há uma premiação para reconhecer aquelas que se destacam. “Em 2018, cinco delas ganharam uma viagem de barco. É fundamental reconhecê-las e premiá-las, afinal elas também são parte da Clean House”, conclui Thiago, que já iniciou o processo de expansão para cidades como Itajaí, Balneário Camboriú e Joinville, em Santa Catarina, além de Londrina, no interior do Paraná.