Task Masking: a nova moda de fingir que está trabalhando
Tendência viral escancara a relação tensa entre produtividade e controle no ambiente corporativo
Se tem uma coisa que a geração Z sabe fazer bem, é viralizar tendências que escancaram a relação tensa entre trabalho e bem-estar. A nova da vez é o “Task Masking“, a arte de parecer ocupado sem realmente estar produzindo algo relevante.
Com o retorno forçado ao escritório e a pressão por produtividade, muitos profissionais, especialmente os mais jovens, estão adotando estratégias para fingir que estão atolados de tarefas. O assunto caiu nas redes e gerou debates sobre o que significa, de fato, ser produtivo.

De acordo com uma pesquisa da Workhuman, 67% dos profissionais negam praticar alguma forma de falsa produtividade. Mas entre os que assumem, 69% acreditam que isso não afeta seus resultados e 48% se consideram acima da média no desempenho.
E não para por aí: quase 40% dos executivos e 37% dos gerentes também admitiram já ter fingido produtividade. Ou seja, o fenômeno não acontece só entre estagiários e analistas júniores, mas permeia toda a cadeia corporativa.
Tecnologia para medir produtividade sem sufocar
Para evitar que o ambiente de trabalho vire um palco de teatro corporativo, empresas estão investindo em soluções que avaliem a produtividade sem exagerar no controle. Uma delas é o Qualitime, ferramenta desenvolvida pela L5 Networks, que permite monitorar a performance das equipes sem invadir a privacidade ou criar um clima de pressão desnecessária.
Segundo Paulo Chabbouh, CEO da empresa, o objetivo é equilibrar as demandas do negócio com o bem-estar dos colaboradores. “O Qualitime oferece uma visão gerencial 360º da empresa, alertando inclusive para casos de excesso de trabalho que podem levar ao estresse”, explica.
O futuro do trabalho pede confiança
O Task Masking é mais um sintoma de que o conceito de produtividade está mudando. Enquanto algumas empresas ainda insistem que estar no escritório equivale a produzir mais, os profissionais mostram que o que realmente importa são os resultados e a autonomia.
O desafio é encontrar um equilíbrio entre controle e liberdade, garantindo um ambiente de trabalho que valorize a eficiência sem transformar a rotina em um eterno jogo de aparências. Afinal, produtividade real não se mede por quem fica mais tempo na frente do computador, mas por quem entrega de verdade.