A partir de hoje, médicos deverão justificar escolha por cesárea no parto
A partir de 6 de junho, segunda-feira, os obstetras terão que preencher o partograma, relatório que traz informações do desenvolvimento do parto. O documento será requisitado para a efetuação do pagamento pelo plano de saúde. Em caso de cesárea, os hospitais privados serão obrigados a apresentar esse documento ao plano de saúde para que seja efetuado o pagamento.
A medida faz parte de um novo pacote de medidas do Ministério da Saúde que tem a intenção reduzir a alta taxa de cesarianas do Brasil. Cerca de 85% dos nascimentos registrados via plano de saúde são por cesariana, quando a indicação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que somente 15% dos partos sejam por esse método. Na rede pública, a taxa de partos via cesariana chega a 40%.
Novas regras
- Confira os shows nos Sesc’s do ABC Paulista em Janeiro
- Ansiedade social: os sinais que podem estar mais próximos do que você imagina
- Entenda como a falta de vitamina A pode afetar drasticamente o seu dia a dia
- O dia em que um jogador pagou uma rodada de cerveja para os torcedores do Borussia Dortmund
Também fica estabelecido que os planos de saúde devem informar às pacientes, em até 15 dias, a quantidade de cesarianas realizadas por médico, operadora e hospital, quando solicitados.
Outra norma prevê a obrigatoriedade de as operadoras fornecerem o cartão da gestante, no qual deve constar o registro de todo o pré-natal. Dessa forma, de posse do documento, qualquer profissional de saúde terá conhecimento de como se deu a gestação, facilitando o atendimento à mulher quando ela entrar em trabalho de parto.
Na prática, a ideia é obrigar médicos a indicarem esse procedimento cirúrgico apenas quando a gestante entrar em trabalho de parto e somente em casos de necessidade
Os riscos da cesariana
Quando não é necessária, a cesariana pode representar mais perigo do que benefício. Além de ampliar cerca de 120 vezes a probabilidade de o bebê ter síndrome da angústia respiratória, a cesariana também triplica o risco de morte materna.