O casal Sérgio Holanda e Marcela Oliveira estão planejando ter um filho em 2015. Em suas pesquisas sobre parto e gestação descobriram um termo novo em suas vidas: violência obstétrica. “Foi um choque muito grande quando lemos os relatos, vimos as imagens e o número absurdo de mulheres que enfrentavam esse tipo de violência durante o parto”, conta o programador Sergio.

A dupla se juntou a outro amigo programador, o Bruno de Lima e em novembro do ano passado participaram de uma maratona hacker promovida pela Câmara dos Deputados, cuja proposta era reunir soluções digitais que contribuíssem para reduzir a violência contra a mulher ou fortalecer as políticas de gênero. Criaram o aplicativo gratuito Parto Humanizado, disponível para Android.

Apesar das poucas informações e dados disponíveis sobre o tema, a equipe conseguiu com a ajuda na ONG Artemis, o material necessário para alimentar o aplicativo. A Artemis trabalha pele erradicação de todas as formas de violência contra a mulher.

Funções do app

O aplicativo traz informações sobre violência obstétrica e permite à mulher fazer a denúncia ao órgão mais próximo de sua residência. Essa informação é georeferenciada e lá ela encontra o contato da Defensoria Pública do estado dela, o clique 180 ou fazer a denúncia que vai diretamente para o Ministério Público Federal. Também tem a opção de preencher um formulário, o qual será enviado para a Artemis, que dará encaminhamento à denúncia.

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Há também um mapa com endereço, nome e telefone das doulas das cidades e opção de construir o plano de parto.

“Em breve, também disponibilizaremos espaço para que as usuárias relatem como foi o parto delas. Atualmente, o aplicativo só está disponível para a plataforma Android, mas pretendemos desenvolvê-lo para IOS. Mas, para isso (e também para criarmos outras funcionalidades) precisamos de parceiros, pois tecnologia é cara”, finaliza a jornalista Marcela.