Aprovação do uso do canabidiol favorece famílias de crianças que precisam do produto

Anny Fischer, portadora da síndrome CDKL5, e os pais Katiele e Norberto Fisher, ganharam na justiça o direito de usar o canabidiol, para diminuir suas graves crises de epilepsia.
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Anny Fischer, portadora da síndrome CDKL5, e os pais Katiele e Norberto Fisher, ganharam na justiça o direito de usar o canabidiol, para diminuir suas graves crises de epilepsia.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade a reclassificação do canabidiol como medicamento de uso controlado e não mais como substância proibida. Extraído da planta da maconha, o produto ajuda crianças com doenças raras a ter melhoras de crises epiléticas.

A votação foi acompanhada por pais de outras crianças que precisam da substância presente na maconha. “Estou maravilhada com a decisão. É um passo enorme nessa caminhada. Esperamos que esses avanços não fiquem só no papel e que facilitem a importação para todos. O que queremos é isso, que as mudanças aconteçam e que sejam praticadas”, disse a dona de casa Aline Barbosa, mãe de Maria Fernanda  2 anos 8 meses à Revista Crescer. Sua filha sofre com crises epiléticas de difícil controle e precisa usar o CBD.

A reclassificação de substância proibida para substância controlada deve facilitar a pesquisa e o monitoramento dos pacientes, mas a importação ainda será necessária até que o canabidiol tenha registro no Brasil.

Os pais de Anny, Katiele e Noberto Fisher, ficaram conhecidos no país, após a Justiça conceder, em abril de 2014, a autorização para a importação do canabidiol. A criança, com 5 anos, sofre de uma rara doença chamada Síndrome de Rett CDKL5, que chegou a causar cerca 60 crises convulsivas em um único dia.