Balançaê: grupo espalha balanços de madeira em árvores Vitória, ES
Se você já viu algum balanço pendurado em uma árvore pelas praias de Vitória ou pela região de Maruípe (ES) provavelmente, se deparou com uma ação chamada Balançaê, do Laboratório de Imagens da Subjetividade (Lis).
Orientado pela professora Leila Domingues Machado, o projeto existe desde 2010 e foi criado no curso de Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Trata-se de um grupo de pesquisa e de ações urbanas de arte política, que integra alunos de diversos cursos.
“Nossa lista é maior do que a gente consegue instalar. E a ideia é que a gente também acompanhe o balanço, as pessoas que usam, como que é isso. A ideia é que ele seja um disparador pra que a gente possa captar a história de vida e o que aquilo tá significando para as pessoas”, afirma a professora.
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Ela explica que há mais um critério para a escolha de onde ser instalado : a visão que a pessoa terá ao balançar. Seja para o mar ou para uma praça, o objetivo é criar uma conexão entre aquela pessoa e a cidade ao seu redor. A proposta do Balançaê é justamente proporcionar às pessoas um momento de pausa em meio ao caos da rotina urbana, sempre muito acelerada, possibilitando outras formas de experienciar a vida na cidade.
“A primeira coisa que eu acho que o balanço traz é uma convocação do lúdico. As pessoas em geral falam muito que balanço é um encontro onde elas lembram da infância. E, ao se permitir balançar, é como se elas se desnudassem um pouco de uma série de capas, de estereótipos, de coisas que se carregam para funcionar socialmente. […] A gente observa como as pessoas mudam corporalmente falando. Elas gargalham, elas soltam o corpo, elas se jogam. E assim elas passam a olhar a cidade de outra forma, porque elas param pra olhar”, afirma Leila.