Brinquedos e brincadeiras ‘de menina’ afastam as garotas da ciência, diz pesquisadora
Muitas vezes nem percebemos, mas os estereótipos de gênero e todo o peso que eles podem ter sobre o desenvolvimento e as escolhas de uma criança, se fazem presentes desde muito cedo no desenvolvimento infantil.
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De acordo com Athene Donald, professora de física experimental e conselheira da da Universidade de Cambridge, o espaço de mulheres em profissões atreladas ao universo científico começa a ser cerceado ainda na infância, por conta dos estereótipos de gênero e da influência dos brinquedos e estímulos que a criança recebe.
Brinquedos considerados femininos, como bonecas, panelinhas, por exemplo, não instigam a criatividade, o senso crítico e o desenvolvimento de habilidades motoras. Ao contrário, são objetos atrelados à passividade, à vaidade e à subserviência.
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Os brinquedos ‘de menino’, por sua vez, como Legos, carrinhos, jogos de química, maletas de mecânico, dão mais oportunidades para a criança ficar exposta a brincadeiras que envolvam ciência e engenharia – e, claro, aumentam as chances de ser influenciada por esses conhecimentos desde cedo.
“Precisamos mudar a mentalidade dos pais e professores. O problema de como induzimos estereótipos de gênero em nossos filhos começa incrivelmente cedo. Tem gente que acha que o que uma criança faz aos quatro anos é irrelevante para suas escolhas futuras, mas não é”, afirma Donald.
Com informações de Super Interessante