Cartilha orienta como manter o aleitamento materno mesmo trabalhando fora de casa
A cartilha “Mãe trabalhadora que amamenta” foi elaborada pelo Ministério da Saúde, com apoio da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ e oferece dicas, esclarecimentos e orientações sobre como manter o aleitamento materno mesmo depois do final da licença maternidade, que para a grande maioria das mulheres brasileiras tem duração de 4 meses ( 120 dias ) e para as funcionárias públicas 6 meses.
Alguns dias antes do primeiro dia de ausência da mãe o bebê já deve entrar em contato com o acessório com o qual será alimentado, que seja o copo, a colher ou uma xícara. Essa antecipação previne a mãe de passar pelo caos que é, na última hora, descobrir que o bebê não aceita e se adapta ao veículo escolhido, não se alimentando o suficiente quando ela não está presente.
Esvaziar as mamas durante o dia de trabalho é imprescindível para que o baque da interrupção do estímulo do bebê ao seio da mãe não diminua drasticamente a produção de leite que teria como resultado o desinteresse do bebê.
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Confusão de bicos
Em geral o bebê de 4 meses ou mais já tem condições motoras para aprender a usar um copo comum, sempre é claro acompanhado de um cuidador responsável.
O principal problema do acessório reside no que se costuma chamar de “confusão de bicos”. Assim que nasce, o bebê tem os reflexos de sugar e deglutir que lhe permitem uma pega correta do seio, que envolve o mamilo e a aréola. Numa boa pega, a língua fica por baixo (no assoalho da cavidade oral), para pressionar o osso do céu da boca, formando um movimento ritmado, como uma onda. Assim, ele consegue ordenhar os ductos, esvaziando os seios e satisfazendo-se.
Ao ser apresentado ao bico artificial da mamadeira – e também ao das chupetas –, a criança passa a posicionar erroneamente a língua na hora de sugar o peito materno, o que pode levar ao desmame precoce. Na posição errada, o recém-nascido só abocanha o mamilo, não conseguindo esvaziar os seios, o que causa fome, choro e insatisfação ao bebê, e dor, rachaduras e tensão à mãe.
Com o bico artificial, o movimento é mais passivo: usam-se os músculos das bochechas e de abertura da mandíbula para chupar o líquido por meio do vácuo. A língua fica no fundo da boca, apenas controlando o excesso de fluxo. Com a facilidade, a criança tende a preferir a mamadeira ao seio.