Escola cria conselho formado por alunos de 5 anos e estimula protagonismo das crianças

07/01/2015 15:03

Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Dona Leopoldina, no bairro Vila Leopoldina, na região oeste da cidade de São Paulo chama a atenção pela experiência que tem desenvolvido desde o início do ano de 2012: um conselho deliberativo formado pelas crianças que tem mudado a rotina e as decisões na gestão da escola.

A primeira reivindicação que surgiu no chamado Conselho de Criança, acatada pela direção da escola e por seu Conselho Escolar, foi o fim da obrigatoriedade de os alunos dormirem após o horário de almoço. “Essa foi a primeira coisa que as crianças falaram.

Conversamos com os professores e com os pais e, após quinze dias, ninguém mais era obrigado a dormir. E, com isso, começamos a programar para o período da tarde brincadeiras, pinturas e atividades que as crianças sentiam mais prazer em participar”, explicou a coordenadora pedagógica da Emei, Iveline Zacharias.

Conselho de criança.
Conselho de criança.

Em entrevista ao portal De Olho nos Planos, a coordenadora e a diretora da escola, Márcia Harmbach, destacaram a importância do conselho na valorização e no protagonismo dos alunos. “A instituição do Conselho é uma forma de entender que eles são inteligentes e que têm consciência do que falam.

O que mais mudou foi quanto ao protagonismo, no sentido de a criança ver que é possível colocar em prática o que ela demandou”, afirmou Márcia. Segundo a diretora, após a instauração do conselho, “os alunos passaram a aprender mais, se engajaram nas propostas das professoras com mais facilidade e se tornaram mais questionadores e críticos, vendo a escola como um todo”.

Além de eliminar o horário de dormir, o Conselho de Criança da Emei Dona Leopoldina conquistou, por exemplo, a compra de novos brinquedos, a reformulação da quadra e a adaptação dos balanços para as crianças com deficiência. “Os estudantes possuem uma ótica diferente da do adulto e que precisa ser levada em consideração. A criança é produtora de cultura, autora, competente, sujeito de direito e tem suas próprias visões de mundo”, ressaltou a diretora.

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