‘Hackathon Paulista’: ajude a construir mobiliários urbanos portáteis para aproveitar a cidade
A crescente atuação de cidadãos para enfrentar os desafios urbanos de São Paulo como a convivência no espaço público, crise da água, agricultura urbana, reciclagem, entre outros, deixa claro que não devemos esperar que as soluções venham apenas do poder público. É preciso incentivar que a transformação da cidade seja cada vez mais participativa e coletiva.
Com esse intuito a incubadora São Paulo Lab lançou a iniciativa ‘Hackathon Paulista’. O objetivo é engajar os cidadãos na concepção e construção de mobiliários urbanos portáteis para todos aproveitarem a Paulista Aberta e outros espaços públicos da cidade.
Muitos desses espaços são desprovidos de mobiliário e equipamentos urbanos de qualidade. Outros como as Ruas de Lazer, a Avenida Paulista e o Minhocão, abertos a pedestres aos domingos, tem um uso temporário e não podem ter mobiliários fixos. Então, por que não levar nossos próprios mobiliários a tiracolo, em mochilas ou bicicletas?
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A iniciativa se iniciou com a ‘Chamada Criativa Hackathon Paulista’ que visa a contribuição coletiva de ideias de mobiliários portáteis. Foram 39 ideias inscritas por cidadãos de São Paulo e outras cidades do Brasil, de diversas profissões, idades e experiências.
Um painel de especialistas em design e urbanismo compôs a comissão julgadora da Chamada Criativa e selecionou 3 ideias enviadas para sairem do papel. Elas serão desenvolvidas e prototipadas durante a maratona de design Hackathon Paulista, no início do ano que vem, por seus autores e equipes com a mentoria de especialistas para encontrarem soluções inovadoras de design e assim garantir a qualidade e durabilidade dos mobiliários portáteis.
Confira as ideias escolhidas
• Módulo multiuso “macarena” (de autoria de 4 estudantes de arquitetura de Juiz de Fora Marina Carrara, Carolina Antonucci, Naiara Amorim, Luciane Seixas) que por ser versátil, modular e dobrável pode servir de poltrona, banco, mesa, entre outros usos e ser carregado por pedestres por ser leve e ter rodinhas;
• “Banco tripé” (de autoria dos arquitetos Carlos Verna e Saulo Magno) que foi pensado para os que usam a bicicleta como meio de transporte e que utiliza um tripé como suporte para o banco da bicicleta e pode ser facilmente transportado e montado;
• Banco com alça (de autoria da estudante do Colégio Técnico ETEC Guaracy, Beatriz Alexandre) que é leve e dobrável e pode ser carregado como uma bolsa, em conjunto com o mobiliário Vaievem (de autoria da designer industrial Dabbie Olivieri) que utiliza os postes urbanos como suporte para bancos e mesinhas.
Ao final do Hackathon Paulista os projetos detalhados dos mobiliários, além de manuais e vídeos de como montar, serão compartilhados aberta e gratuitamente na plataforma “open source” da Incubadora São Paulo Lab, para que os cidadãos possam construir seus mobiliários de forma barata e divertida.