Mãe norte-americana transforma história do filho que gosta de se vestir de rosa em livro infantil

05/01/2015 17:25

Movimento de aceitação para toda criança que alguma vez se sentiu rejeitada ou não compreendida por ser diferente.
Movimento de aceitação para toda criança que alguma vez se sentiu rejeitada ou não compreendida por ser diferente.

Dyson gosta de correr, subir em árvores e jogar bola. Parece um típico menino de 5 anos. A diferença é que ele faz tudo isso usando um vestido. E nas brincadeiras de conto de fadas, ele sempre quer ser a princesa. À primeira vista é difícil imaginar como um menino assim pode ser feliz em nossa sociedade. Mas a mãe de Dyson, a norte-americana Cheryl Kilodavis, garante que sim. Para compartilhar com o mundo sua luta para que filho seja aceito e amado pelo que é, ela transformou essa história em um livro infantil. Assim nasceu My Princess Boy (ou Meu Menino Princesa, em tradução livre, sem previsão de chegada ao Brasil), lançado nos Estados Unidos no final do ano passado, que retrata a realidade de Dyson Kilodavis, um menino que desde cedo desenvolveu uma preferência por roupas e brinquedos tradicionalmente de menina. “

Tudo começou quando Dyson tinha apenas 2 anos. Um dia, ao chegar à creche para buscá-lo, Cheryl o encontrou vestido de princesa. A cena se repetiu nos dias seguintes, e o que muitos chamavam de “apenas uma fase” acabou nunca passando. “Tentamos seguir o conselho dos amigos: redirecionar”, conta Cheryl. Nada parecia funcionar até que seu filho mais velho, de então 5 anos, se manifestou: “Por que você não o deixa ser feliz?”. Foi então que surgiu a ideia de transformar em livro as anotações do seu diário. My Princess Boy foi um sucesso tão grande nos Estados Unidos que depois de apenas alguns meses de venda a editora, que não divulga o número exato das vendas, já agendou uma segunda tiragem. Segundo a autora, 98% dos muitos comentários recebidos de leitores têm sido positivos. E para ela, até o pequeno número de comentários negativos acaba também contribuindo para um diálogo construtivo sobre o tema.

Leia aqui a entrevista que Cheryl Kilodavis concedeu à Revista Crescer