Manual alerta para os prejuízos causados por castigos físicos

29/09/2016 17:58

O manual “Pelo fim dos castigos físicos e humilhantes” foi elaborado para auxiliar profissionais e famílias. De maneira simples e didática,  traz idéias, sugestões, atividades e argumentos que podem auxiliar no trabalho com pais, mães e cuidadores de crianças, para que possam refletir e, até mesmo, provocar mudanças nos seus conceitos, comportamentos e atitudes em relação à educação das crianças.

O objetivo é fornecer informações para mostrar os prejuízos às crianças causados por castigos físicos e humilhantes. Também aponta alternativas positivas de educação, além de sensibilizar educadores e profissionais para que discutam o tema em escolas, organizações e grupos de trabalho.

Pelo fim dos castigos físicos e humilhantes.
Pelo fim dos castigos físicos e humilhantes.

O ponto de partida do material é o entendimento de que as crianças têm o direito a um ambiente seguro e protetor, ou seja, crescer em famílias onde estejam livres da violência e tenham os cuidados que precisam para se desenvolver. Estes direitos estão contemplados no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Convenção dos Direitos da Criança.

Já para os pais, mães e cuidadores, o manual pretende provocar uma reflexão sobre os seus comportamentos e atitudes em relação à educação das crianças, sensibilizar para o problema dos castigos físicos e humilhantes questionando o uso da violência como forma de disciplina, além de apresentar práticas educativas que promovam a autonomia e o pleno desenvolvimento de crianças sem o uso de violência.

Por que eliminar os castigos físicos e humilhantes?

Por serem amplamente aceitos, e, portanto também corriqueiros, os castigos físicos e humilhantes acabam sendo deixados em segundo plano na luta pela garantia dos direitos das crianças. Todavia, estas razões são justamente as que fazem deste tema prioritário nessa luta. Trabalhar pelo fim dos castigos físicos é uma forma de eliminar todas as formas de violência contra crianças. Afirmar que existe um “limite” entre violência leve e grave é uma forma equivocada de abordagem, pois ignora as crianças como sujeitos de direitos. Todas as formas de violência estão inter-relacionadas e devem ser combatidas igualmente, começando pelos lares.