A cultura do estupro e o machismo, infelizmente, fazem parte da vida das crianças desde cedo. Mas, felizmente, onde há machismo, muitas vezes, há combate ao machismo, inclusive na infância.

Zoë, uma garotinha americana de 10 anos, é um exemplo disso. Em um bilhete direcionado a um colega de escola, Noah, a menina pontuou diversas atitudes que Noah deveria parar de ter com ela, que a estavam incomodando:

“Não toque no meu ombro. Não se coloque atrás de mim cheio de brincadeiras e tolices (não se coloque atrás de mim jamais). Não fale comigo a não ser que seja pra me dar bom dia, o que nunca vai acontecer. Pare de me provocar no ônibus. Eu tenho o pavio curto com as pessoas e você acaba com meu dia porque me provoca muito. Leia isso 500 vezes. Você gosta de mim (como namorada), mas eu não gosto de você (como namorado). Sou muito nova!”

O bilhete foi compartilhado no Twitter por uma amiga da professora dos dois e viralizou.

No bilhete, a menina aponta limites claros para a relação com o colega de escola.

No final da carta, a menina escreve que, caso as regras não fossem respeitadas, ela iria chamar “meu pai, o amigo da minha mãe, minha mãe postiça e um funcionário da escola” e fazer uma queixa do colega ao conselho da escola.