Movimento Slowkids: três motivos para viver uma infância sem pressa

28/04/2016 16:33 / Atualizado em 07/05/2020 03:02

Slokids no Parque da Água Branca.[/img]

O jornalista britânico Carl Honoré foi o primeiro a usar o termo no mundo, ele escreveu os livros que desenvolvem este conceito de forma didática: “The Power of Slow” e “Under Pressure”. Este último foi lançado no Brasil sob o título “Sob Pressão”.

A partir deste conceito, produtoras Tatiana Weberman e Juliana Borges, criaram a ideia de “slowkids”

Conheça alguns pontos do manifesto do movimento

1 – Apressar fases do desenvolvimento da criança é encurtar o seu potencial

Para as crianças se desenvolverem de maneira saudável, é preciso respeitar seu tempo de descobrir, observar, experimentar. É preciso dar a elas espaço para que se conheçam, investiguem seus interesses, capacidades, emoções. Pular etapas e apressar fases do desenvolvimento da criança é encurtar o seu potencial e, com ele, sua sensibilidade e inventividade.

2 – Crianças que brincam com elementos naturais têm mais coordenação, equilíbrio e agilidade

O contato com a natureza é fundamental para a saúde física e mental da criança. Essa interação estimula o uso de todos os seus sentidos, e assim ela se apropria dos espaços, dos outros, de si mesma. Crianças que brincam regularmente com elementos naturais têm mais coordenação, equilíbrio e agilidade. O impacto negativo da mídia e dos jogos eletrônicos é observado tanto no desenvolvimento físico das crianças como no emocional, social e mental. Por isso, é importante que esse tempo seja limitado e que haja, sempre, a mediação ou o acompanhamento de um adulto.

3 – A terceirização do cuidado com as crianças é prejudicial ao seu desenvolvimento

A criação de vínculos afetivos fortes dá segurança para que a criança tenha um desenvolvimento saudável e se prepare para enfrentar o mundo. Os pais devem assegurar tempo para estarem juntos – e focados. E não, não bastam 15 minutos. É preciso olhar para as necessidades das crianças no presente – hoje! – e não agir pensando apenas no futuro. Abrir mão do aqui e do agora pode trazer consequências graves para os pequenos, que marcam o restante de suas vidas.