Por que na Finlândia os bebês dormem em caixas de papelão?
Postada hoje, 22 de setembro, uma foto de bebês enfileirados dormindo em caixas de papelão repercutiu pela internet e gerou polêmica. A imagem teria sido tirada em um hospital público da Venezuela.
Me reportan que está es la condición del retén en el IVSS Guzman Lander, debemos rescatar nuestra #Venezuela pic.twitter.com/yF5uDp8L6p
— Manuel Ferreira G. (@manuelferreiraG) 20 de setembro de 2016
Manuel Ferreira, o autor do post, é Diretor de Direitos Humanos da Mesa da Unidade Democrática (MUD) da Venezuela, e opositor ferrenho do atual presidente, Nicolás Maduro. Independente disso ou não, o caso ganhou repercussão e levantou questionamentos e trocas de acusações sobre de quem seria a responsabilidade dos bebês estarem ali em caixas de papelão.
Mas, no final das contas, talvez as caixas de papelão não sejam um bicho de sete cabeças. Na Finlândia, por exemplo, este hábito, o dos bebês dormirem em caixas de papelão, é também uma tradição há cerca de 80 anos.
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Em 1938 o governo finlandês instituiu uma série de medidas para combater a mortalidade infantil, como a obrigatoriedade das mães fazerem um acompanhamento pré-natal, mas também a distribuição de caixas de papelão com um colchão e outros apetrechos fundamentais aos recém-nascido para as famílias em situação de vulnerabilidade. Hoje, o índice de óbitos do país é de dois bebês a cada mil.
O kit tem um significado simbólico de lembrar à todos que nasceram iguais.[/img]
Atualmente, empreendedores sociais e ONGs dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, México, Índia e África do Sul usam caixas de papelão. No sul da Ásia, o negócio social Barakat Bundle, fornece com a caixa uma rede contra mosquitos para proteger os bebês da malária.
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