Projeto Alpapato trabalha para construir parques acessíveis no Brasil
Rodolfo Fischer, o Rudi, e Claúdia Petlik haviam perdido a filha Anna Laura há poucos meses. Ela faleceu aos três anos em um acidente de carro. O casal que já estava com uma viagem para Israel marcada, decidiu mantê-la. “Talvez por ser um lugar mais espiritual”, conta Rudi.
Na viagem, viram um brinquedo acessível em um playground e se encantaram. “Pesquisamos, vimos que não existia no Brasil, quando voltamos procurei a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente e a Prefeitura). Foi assim que o projeto começou em 2014. Decidimos homenagear a nossa filha com parques acessíveis”, relembra.
Hoje, a “Alpapato – Anna Laura Parque para todos” é uma organização que constrói parques onde crianças com deficiência podem brincar em caminhos, brinquedos e equipamentos criados para permitir seu lazer, sua terapia e sua socialização com crianças. O objetivo da instituição é doar quatro parques por ano para a sociedade.
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Três parques já foram entregues. “O piloto, na AACD do Parque da Mooca, inaugurado em janeiro de 2014 , um parque na APAE-Associação Pais Amigos Excepcionais de Araraquara e o último, no Parque do Cordeiro da Prefeitura de São Paulo, o primeiro parque em um local aberto”, lista Rudi com orgulho.
Ainda este ano, São Paulo ganhará mais três parques. Em 2016, o Rio de Janeiro será beneficiado com um parque na ABBR – Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação.
Brinquedos acessíveis
Todos os brinquedos têm funcionamento tradicional, mas a utilização deve sempre ser feita, quando a criança for deficiente, com um acompanhante. Há, por exemplo, o banco gafanhoto, onde duas crianças são colocadas (sentadas ou deitadas de “barriga”) frente a frente sobre os bancos e jogam, uma para a outra, uma bola pendurada entre os bancos.
O escorregador difere na existência de plataformas de transferência para cadeirantes e na facilidade do acompanhante de estar ao lado da criança no percurso. O balanço foi desenvolvido para a segurança da criança, com desenho ergonômico e cinto de segurança.
Para ter um parque acessível em sua cidade, entre no site da Alpapato e informe o que for possível, como crianças potencialmente a atender na região, condições do local em vista, transporte e segurança eventualmente existentes, qual a organização a receber e manter o parque. Fischer relata que a procura é grande. “ Existe já uma demanda bastante grande de várias cidades e organizações.
O projeto não tem conhecimento de outros parques específicos para crianças com deficiência no Brasil.
Tem alguma experiência semelhante em sua cidade? Conte pra gente! Escreva para [email protected]