‘Vamos elogiar umas às outras’, mãe sobre julgamentos e críticas
Quando falamos de infância, da garantia de direitos básicos à mudanças culturais relativas à forma como a sociedade trata e cobra pais e mães, há muito a ser conquistado. Uma das formas de alcançar essas mudanças é combatendo preconceitos. Hoje compartilhamos o depoimento de uma mãe, que embora não seja brasileira, expôs uma situação relativa aos desafio da maternidade, que talvez seja vivida por muitas outras famílias de diversos locais, e que pode -e deve- ser transformada.
Constance Hall, que é blogueira, escreve sobre maternidade, e vive na Austrália, contou em post em seu Facebook, que passeava no parque com suas quatro crianças, quando uma fez cocô e precisou trocar a fralda. Como não havia trocador no banheiro, a mãe levou a bebê para longe, deitou-a na grama e trocou a fralda. Cerca de 30 minutos depois, contou no relato, uma mulher se aproximou e disse, ‘Eu vi você trocando a fralda de sua filha. Da próxima vez, por favor use o trocador’. Constance respondeu à mulher que não havia trocador, e a mulher rebateu: ‘Há sim, no banheiro para deficientes, na outra esquina’.
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A blogueira contou que se sentiu mal, mas que foi outra situação que a fez se indignar ainda mais: na semana seguinte, foi seu marido quem realizou a mesma cena, trocando a fralda de sua filha na grama. Dessa vez, ele foi imediatamente elogiado por um grupo de mulheres que passavam.
“Estou acostumada a ser criticada por tarefas que meu marido é elogiado (…). Assim é nossa sociedade, nós pressionamos as mulheres a serem perfeitas enquanto colocamos nenhuma expectativa para os homens serem pais. (…) Não estou dizendo para não elogiarmos [os homens]. Bill é um bom pai, devemos celebrar isso. Mas vamos elogiar umas às outras
também”, disse no relato.
O relato de Constance levanta duas importantes questões: em primeiro, que pais e mães devem dividir os cuidados dos bebês entre si, isso é um direito e um dever, e que o homem que cumpre essas tarefas está apenas cumprindo com seus direitos e deveres.
Em segundo, é que é preciso olhar muito atentamente para a forma como a sociedade trata as mães. Sobra julgamento e falta acolhimento.
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