100 anos depois: artistas recriam zoológico de africanos na Noruega
Objetivo é atrair polêmica e comprovar que o país europeu ainda conserva mentalidade racista
Uma dupla de artistas decidiu provar que na Noruega – um dos países mais ricos do mundo – o preconceito racial ainda não foi superado, ao contrário do que as autoridades locais costumam afirmar. Para provar a teoria, o método escolhido pelo sueco Lars Cuznor e o sudanês Mohamed Ali Fadlabi foi reativar um zoológico de africanos negros, criado no início do século 20.
Há exatos 100 anos, a Kongolandsbyen (Vila do Congo) exibia 80 senegaleses a visitantes brancos em um ambiente que procurava imitar a realidade do país africano. Naquela época, outros países europeus também abrigavam variações de zoológicos humanos.
Para a reedição do projeto, a dupla anunciou que recrutaria voluntários para morarem na réplica da Vila do Congo, causando enorme comoção na comunidade internacional. Em repúdio ao projeto, pessoas passaram a publicar críticas com a hashtag “someonetellnorway” (#alguemavisaanoruega).
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Por outro lado, satisfazendo os prognósticos feitos por Cuznor e Fablabi, também houve uma enxurrada de manifestações favoráveis à reativação do zoológico humano feitas por grupos neo-nazistas e racistas de todo o mundo. Segundo os artistas, o projeto já foi descartado, mas serviu para mostrar que a propagando feita pelos noruegueses como país pós-racismo não é real.
* Com informações da Folha de S. Paulo