23% dos homens condenam roupa curta de mulher, diz estudo
Ainda hoje, quase um quarto dos homens reconhece criticar as mulheres por usarem roupas curtas ou decotadas (23%). Este dado é resultado de uma pesquisa encomendada pelo Instituto Avon, intitulada “O papel do homem na desconstrução do machismo”.
De acordo com o estudo, o machismo tem diminuído recentemente, principalmente pelo fortalecimento dos movimentos feministas. Por exemplo, alguns homens pararam de se referir a mulheres com termos como “piranha” ou “vagabunda” (8%), outros deixaram de assediá-las na rua (18%) e existem ainda aqueles que deixaram de tentar se aproveitar de uma mulher bêbada (2%).
Segundo informações da Folha de S.Paulo, apesar dos avanços, ainda há um longo caminho para acabar com o machismo. Isso porque um número igual de homens admite ainda se referir a mulheres como “piranhas” ou “vagabundas” (8%) e outros declaram cantar mulher na rua (19%). Já poucos assumem se aproveitar quando elas estão bêbadas (1%).
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Os dados do Instituto Locomotiva sugerem que é essencial o engajamento dos homens neste processo. A pesquisa, com margem de erro de 2,4 pontos percentuais, entrevistou 1.800 pessoas, com 16 anos ou mais, em 70 cidades de todas as regiões do país.
44% dos homens afirmaram que serem chamados de machistas não os engajaria na luta pelo direitos da mulher. Mais de metade daqueles que deixaram de lado comportamentos machistas atribuem a mudança a uma conversa pessoal com alguém próximo (54%).
O estudo também revelou que 6 em cada 10 homens acham que poderiam melhorar sua postura em relação às mulheres e 31% deles dizem que gostariam de não ser machista, porém, não sabem como agir para isso.
A pesquisa mostrou, ainda, que 87% consideram que parte da população é machista, mas apenas 24% se consideram machistas. Além disso, só metade (52%) dos homens avalia não haver problema em uma mulher trabalhar fora e o marido cuidar da casa.