2ª edição de livro sobre heróis negros depende de campanha para ser publicado
Por Cristina Luckner, da eduK
“Quantos vezes você viu um negro ser representado como herói?”, questiona Roniel Felipe em sua página de financiamento coletivo no Catarse. Ele tem razão. Você consegue se lembrar de algum?
Enquanto você pensa, vamos contextualizar. Há ainda muito preconceito e racismo (velado e ostensivo) por aí. Vide polêmicas surgidas depois da revelação da cor da pele do protagonista de “Star Wars: O Despertar da Força”; o vídeo do Caião, namorado da Jout Jout; os ataques às atrizes Thaís Araújo e Sheron Menezzes e à apresentadora da Globo Maju Coutinho. Esses são apenas alguns dos casos divulgados ultimamente, fora aqueles dos quais nunca vamos ficar sabendo por envolverem gente comum, e não famosos. Por conta desse preconceito, muitas histórias de bravura protagonizadas por negros não são publicadas na imprensa ou nos livros de história.
Para ajudar a mudar essa realidade, o jornalista e fotógrafo Roniel Felipe, escreveu o livro “Negros Heróis: histórias que não estão no gibi”, que retrata mais de meio século de história em 196 páginas. Lançado em 2013, a segunda edição do livro depende de sua colaboração para ser publicado.
Vamos ajudar o livro “Negros Heróis: histórias que não estão no gibi” a ser publicado? Falta pouco para a meta ser atingida e a campanha é tudo ou nada!
A obra é baseada em fatos reais das vidas de Laudelina de Campos Melo e de Antonio Carlos Santos Silva, o TC, “dois brasileiros notáveis”, nas palavras de Roniel. Filha de uma escrava doméstica, desde cedo, Laudelina de Campos Melo deu mostras que não toleraria o racismo. Ela ficou conhecida como “o terror das patroas”. Antonio Carlos Santos Silva, o TC, descobriu o racismo cedo na vida. Integrou o Grupo Evolução, que viajou o Brasil debatendo e tocando em um assunto que, até hoje, muitas pessoas evitam falar: o mito da democracia racial.
